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Moraes: 'Vamos esperar ditaduras para sentir ataques à democracia?'

O ministro Alexandre de Moraes, no TSE - TSE/Divulgação
O ministro Alexandre de Moraes, no TSE Imagem: TSE/Divulgação

Do UOL, em São Paulo

15/06/2022 14h27Atualizada em 15/06/2022 15h57

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e futuro presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Alexandre de Moraes, fez hoje um discurso sobre a defesa da democracia. "Nós vamos precisar esperar regimes ditatoriais, arbitrários, para começar a sentir o efeito de ataques à democracia?", questionou.

Para ele, regimes populistas estão ganhando espaço ao redor do mundo porque os jovens não viveram períodos de restrição de liberdade ou descontrole econômico, e, portanto, não têm a lembrança para comparar os dias atuais com tempos piores. O ministro citou diretamente a ditadura militar no Brasil e o período de inflação intensa, antes do plano Real.

Nós vamos esquecendo os perigos dos ataques à democracia. Nós vamos perdendo os comparativos.
Alexandre de Moraes durante o Eneje (Encontro Nacional de Escolas Judiciárias Eleitorais)

Nesse contexto, Moraes defendeu reiteradamente a importância de educação para a cidadania para que a democracia seja fortalecida.

Alexandre de Moraes foi eleito ontem para a presidência do TSE. Ele assumirá o posto em agosto e estará à frente do tribunal durante as eleições presidenciais deste ano.

Fachin criticou autoritarismo

No mesmo evento, o também ministro do STF e atual presidente do TSE, Edson Fachin, disse que "mentes autoritárias" usam "desinformações para deseducar".

Fachin não mencionou o nome do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas sua declaração aconteceu um dia após Bolsonaro atacá-lo, dizendo que o ministro "colaborou com o narcotráfico". O presidente fez o ataque se referindo a um despacho do ministro que, em 2020, proibiu operações policiais em comunidades do Rio de Janeiro durante a pandemia.