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PT envia denúncia contra responsáveis por drone com agrotóxico em MG

O deputado federal Reginaldo Lopes (MG), líder do PT na Câmara - Gabriel Paiva/PT na Câmara
O deputado federal Reginaldo Lopes (MG), líder do PT na Câmara Imagem: Gabriel Paiva/PT na Câmara

Colaboração para o UOL

20/06/2022 20h24Atualizada em 20/06/2022 20h27

O deputado federal Reginaldo Lopes (MG), líder do PT na Câmara, e o deputado estadual Cristiano Silveira (PT-MG) enviaram representação criminal ao procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior, hoje, contra os responsáveis por um drone que despejou substâncias químicas contra militantes petistas no último dia 15.

Lopes e Silveira pedem abertura de procedimento investigatório criminal para apurar a ação com o drone, além de apreensão e requisição de documentação - como veículo, celulares e o próprio drone.

"A atitude dos Representados exige resposta enérgica deste órgão ministerial e do judiciário, não se permitindo, pois, que o tratamento legal se restrinja a mera Ocorrência de fato tido por ofensa à normas administrativas ou a honra dos presentes. A sociedade exige a sujeição dos Representados às penalidades da lei e a responsabilização exemplar de seus atos criminosos com a instauração da competenteação penal, processo de julgamento e demais providências", afirmam os petistas.

Nas redes sociais, o procurador-geral classificou o episódio como "lamentável". "O Promotor de Justiça Marco Aurélio Nogueira foi sorteado para apurar os lamentáveis fatos ocorridos com drone na última semana em Uberlândia, notícia-crime do deputado federal Reginaldo Lopes. Ele terá o apoio do Gaeco [Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado] do Triângulo Norte. Em Minas não terá espaço para a intolerância política".

Inicialmente, foi divulgado que o drone havia despejado fezes e urina nos militantes que aguardavam o início de um evento com as presenças do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) em Uberlândia (MG). Depois, um vídeo que circula nas redes sociais mostra os supostos operadores falando em uso de veneno.

O drone era do mesmo modelo utilizado para atividades agrícolas, como a lavoura. Os participantes correram para se protegerem do ataque que aconteceu no campus da Universidade do Triângulo Mineiro. Alguns tentaram revidar, atacando pedras no drone, mas a própria segurança do local pediu para que não fosse feito nenhum revide, pois poderia acertar os próprios manifestantes.

Na gravação, um dos homens pergunta se o drone apita quando o veneno acaba. Outro homem diz que já havia despejado "dois litros só" e que ainda tinha bastante conteúdo para ser jogado. Um dos homens orienta o que opera o drone a jogar o líquido em cima do palco.