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Secretário aliado de Bolsonaro teve moradia paga após exoneração, diz site

Jair Bolsonaro e José Vicente Santini - Reprodução/Twitter
Jair Bolsonaro e José Vicente Santini Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

21/06/2022 11h43Atualizada em 21/06/2022 12h03

O atual secretário nacional de Justiça, José Vicente Santini, teve seu apartamento funcional custeado pelo governo federal por mais quatro meses após ser exonerado do antigo cargo de secretário-executivo da Casa Civil, diz reportagem publicada hoje pela jornalista Amanda Audi no site The Brazilian Report.

A matéria teve acesso aos dados de moradia de Santini por meio da Lei de Acesso à Informação.

O secretário, que é amigo da família Bolsonaro, foi exonerado do cargo antigo em janeiro de 2020 após ter utilizado, sem autorização, um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para viajar à Índia. Pela repercussão negativa do caso, ele deixou a posição.

Porém, os registros obtidos pela reportagem dão conta que o apartamento funcional de Santini, localizado na Asa Norte, em Brasília, continuou a ser custeado pelos cofres públicos até maio de 2020, quatro meses após sua exoneração.

José Vicente Santini também comprou recentemente uma casa no valor de R$ 6,7 milhões em uma das áreas mais valorizadas do Lago Sul de Brasília.

Segundo a coluna de Rodrigo Rangel, do site Metrópoles, a cobertura teria sido adquirida em abril de 2020, três meses após a primeira exoneração do agora secretário e, de acordo com as novas informações, quando ainda havia custeio de sua moradia funcional por parte do governo.

Em setembro de 2020, José Vicente Santini seria nomeado em um novo cargo público, o de assessor do então ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles. Em fevereiro de 2021, ele voltou ao Planalto, assumindo o cargo de secretário-executivo da Secretaria Geral da República, do qual foi exonerado em julho para poder ocupar, a partir de agosto, o atual posto no Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O UOL procurou a Casa Civil e o Ministério da Justiça para se posicionar sobre o caso e aguarda retorno. A Secretaria Nacional de Justiça não respondeu às solicitações feitas pelo The Brazilian Report.