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Chamado de 'genocida', Bolsonaro autoriza partido a acionar TSE contra Lula

Ex-presidente Luiz Inácio da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) - Ricardo Stucker e Alan Santos/PR
Ex-presidente Luiz Inácio da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) Imagem: Ricardo Stucker e Alan Santos/PR

Weudson Ribeiro

Colaboração para o UOL, em Brasília

05/08/2022 11h52

O presidente Jair Bolsonaro (PL) autorizou a equipe jurídica da sigla pela qual ele tentará se reeleger à Presidência da República a processar candidatos que se manifestarem publicamente contra o mandatário até 16 de agosto, dia em que a campanha eleitoral começará oficialmente. Só no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), sete ações foram protocoladas hoje contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por propaganda eleitoral antecipada.

A ação ocorre depois de Lula ter dito na quarta-feira (3) que o Brasil passa atualmente por um cenário pior que o de 2003, quando ele foi eleito presidente pela primeira vez. "Não vamos permitir que um genocida que está lá em Brasília e não derramou uma lágrima por quase 700 mil pessoas que morreram de covid-19 se apodere da bandeira brasileira, porque a bandeira brasileira é do povo brasileiro. Bolsonaro não está preparado para governar este país", disse Lula.

Nas peças enviadas à Corte Eleitoral, a defesa do PL pede aplicação de multas de até R$ 25 mil. "O presidente Jair Bolsonaro é adorador da liberdade de expressão e faz uso dela em larga escala. Contudo, algumas expressões que têm sido usadas no discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vão além do razoável. Em casos de discurso de ódio e imputação de crime, o presidente Bolsonaro deu aval ao ajuizamento das ações", afirmou a defesa de Bolsonaro em nota.

Procurada pelo UOL, a defesa do ex-presidente Lula não se manifestou.