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PF e PGR identificam veículos de atos antidemocráticos de 7 de setembro

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro chegam à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na véspera do 7 de setembro - Antonio Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro chegam à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na véspera do 7 de setembro Imagem: Antonio Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

15/08/2022 18h53

A Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) conseguiram identificar em investigação os donos de 176 veículos que participaram de atos antidemocráticos no dia 7 de setembro do ano passado. A manifestação pedia o fechamento do STF, o que é inconstitucional.

Havia 64 caminhões, 91 carros comuns, quatro tratores e ainda outros ônibus alugados para excursão. Segundo informações do jornal O Globo, a partir de dados da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, 59 veículos pertenciam a empresas, geralmente de empresários que se declaram como apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Todas as informações estão contidas em inquérito sigiloso que por sua vez foi feito a partir de pedido do ministro do STF Alexandre de Moraes, que classificou as manifestações feitas próximas ao prédio do Supremo como uma "tentativa clara de intimidação dos ministros desta Suprema Corte e em ameaça ao regular exercício do Poder Judiciário".

De acordo com O Globo, como a investigação não realizou diligências sobre os proprietários dos veículos, eles não são formalmente investigados. A investigação também não teria encontrado vínculos entre os donos dos carros e os organizadores do ato.

Além de empresários, um dos carros pertencia ao deputado Paulo Trabalho (PL). Ele compõe a Assembleia Legislativa de Goiás e é um ferrenho defensor de Bolsonaro nas redes sociais. O UOL procurou o deputado para comentar o assunto, mas até o momento não obteve resposta.