Movimentos Sindicais mantêm ato no 7 de Setembro em São Paulo
A poucos quilômetros da Avenida Paulista, que irá ser palco de manifestações bolsonaristas, movimentos sindicais, entidades civis e partidos políticos alinhados à esquerda farão ato amanhã na Praça da Sé, outro ponto clássico da história da capital paulista. O ato é anual e chamado "Grito dos Excluídos" - em 2022, o tema é "200 anos de (in)dependência. Para quem?".
As manifestações começam às 9h da manhã e devem contar com a participação de diversas organizações que defendem as causas sociais. No sábado, muitos dos movimentos pretendem organizar outro ato, relatou o coordenador Nacional da Central de Movimentos Populares, Raimundo Bonfim à agência de notícias Reuters.
"Está mantido o dia 10 de setembro. Vamos avaliar o grau de tensão, o golpismo no dia 7 de Setembro para na quinta-feira a gente avaliar a prioridade que daremos no dia 10", afirma Bonfim.
De acordo com o coordenador, o dia 10 serviria como uma movimentação da sociedade civil para "dar uma resposta à altura no dia 10 na defesa da democracia, por eleições livres, respeito às instituições e à soberania popular do voto". Essa resposta seria em relação a possível tom autoritário adotado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) nas manifestações do dia 7 de setembro.
O atual chefe de Estado tem centrado sua campanha eleitoral nas movimentações de 200 anos de independência do Brasil - levando a aumento da tensão entorno da data. O STF, por exemplo, que tem sido alvo direto de ataques de Bolsonaro contará com barreira de concreto e sistema antidrones.
Ato tradicional da esquerda brasileira, o "Grito dos Excluídos" começou na década de 1990, com o tema "A fraternidade e os excluídos". A iniciativa foi da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) e, em 2022, estará presente em 25 estados.
*Conta com informações da Reuters
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