Topo

Esse conteúdo é antigo

Homem preso com tatuagem do Lula: Bolsonaro alfineta; Gleisi critica armas

Jair Bolsonaro e Gleisi Hoffmann repercutiram crime em São Paulo - Wilson Dias/Ag?ncia Brasil e Reprodução
Jair Bolsonaro e Gleisi Hoffmann repercutiram crime em São Paulo Imagem: Wilson Dias/Ag?ncia Brasil e Reprodução

Do UOL, em São Paulo

13/09/2022 19h32Atualizada em 13/09/2022 22h38

O caso de um homem preso em flagrante após matar a ex-mulher e o filho do casal em São Paulo que tem a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tatuada no braço esquerdo repercutiu no mundo político. O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que a preocupação "nunca foi com as vítimas" e que a imprensa precisou descartar a narrativa de que ele teria relação com o caso "por conta de uma tatuagem".

"O fato é que, se não existisse essa tatuagem, jornais ainda estariam explorando mais uma narrativa mentirosa para tentar convencer inocentes de que as milhões de pessoas que me apoiam, homens, mulheres, jovens e idosos, compactuam de alguma forma com esse tipo de barbaridade", escreveu.

Para o presidente, pessoas que cometem crimes como este devem ser tratadas como "criminosas e ponto final" e "apodrecer na cadeia": "não interessa a opinião política".

O autor dos disparos foi identificado pela polícia como Ezequiel Lemos Ramos, de 38 anos. Ele também possui o certificado de registro de CAC (Caçador, Atirador desportivo e Colecionador de armas).

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que é preciso proteger as mulheres e atribuiu a violência à política de armas do governo Jair Bolsonaro.

"O incentivo à violência e a liberação, pelo governo federal, da compra, posse e porte de armas estão na raiz de crimes e tragédias como a que ocorreu ontem no Parque São Rafael, em São Paulo. O PT está solidário com os familiares das vítimas", disse.

Condenamos toda forma de violência, qualquer que seja a orientação política de quem a comete. Defendemos a apuração rigorosa do crime, para que a Justiça seja feita e tragédias assim não se repitam
Gleisi Hoffmann

Já o filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou aqueles que "querem jogar na conta do Bolsonaro". Para o parlamentar, as pessoas "perderam o interesse" no caso após verem a foto do acusado, que aparece mostrando a tatuagem com o rosto de Lula.

Segundo informações da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo), Ramos atirou contra a ex-mulher, de 37 anos, e o filho, de 2, que morreram no local. O outro filho do casal não ficou ferido.

O caso foi registrado no 49º DP (São Mateus), que realiza diligências para localizar a arma do crime e investiga se houve a participação de uma segunda pessoa no crime.