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Alinhado, Alckmin agradece Lula pela confiança para coordenar transição

Lula e Alckmin foram eleitos presidente e vice-presidente  - RICARDO STUCKERT
Lula e Alckmin foram eleitos presidente e vice-presidente Imagem: RICARDO STUCKERT

Do UOL, em São Paulo

01/11/2022 18h24Atualizada em 01/11/2022 18h24

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela "confiança" para coordenar a equipe de transição do governo nos próximos dois meses. O grupo deverá se instalar na sede do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília, e se manter na ponte aérea com São Paulo.

"O trabalho da nossa equipe será norteado pelos princípios de interesse público, colaboração, transparência, planejamento, agilidade e continuidade dos serviços", escreveu.

Segundo Alckmin, o objetivo será fornecer a Lula "todas as informações necessárias" para que o mandato seja bem-sucedido. Os dois assumem os cargos em 1º de janeiro de 2023.

O anúncio foi feito pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, após encontro com Lula e outros coordenadores de campanha em um hotel em São Paulo. Os petistas pretendem acelerar o processo de transição para evitar qualquer problema por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL). Gleisi e o ex-ministro Aloízio Mercadante (PT) deverão compor a equipe.

Hoje, após o pronunciamento de Bolsonaro que quebrou o silêncio de quase dois dias após o resultado das urnas, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), anunciou o início do processo de transição de governo. Segundo o ministro, o processo deve começar na próxima quinta-feira (3).

O presidente Jair Bolsonaro autorizou, quando for provocado, com base na lei, a iniciarmos o processo de transição
Ciro Nogueira (PP), ministro da Casa Civil

"A presidente do PT [Gleisi Hoffmann], segundo ela, em nome do presidente Lula, disse que na quinta será formalizado o nome do vice-presidente [eleito], Geraldo Alckmin. Aguardaremos que isso seja formalizado para cumprir a lei do nosso país."

A vitória de Lula foi decretada pela Justiça Eleitoral pouco antes das 20h de domingo. O presidente eleito venceu seu adversário por 50,9% dos votos válidos, a menor margem já registrada em uma disputa presidencial. O petista teve numericamente a maior votação da história - o recorde anterior era dele mesmo, em 2006, com 58.295.042 votos.

Bolsonaro, que perdeu uma eleição na carreira pela primeira vez, se tornou também o primeiro presidente da República a não conseguir vencer uma candidatura à reeleição. Mesmo com a derrota, o atual presidente foi o mais votado em 14 estados, enquanto Lula venceu em 13. Veja como foi a votação de presidente por estado.