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Após convite, Lula vai à COP27 no Egito, diz Gleisi

12.set.22 - Lula abraça Marina Siva, uma das cotadas para assumir novamente o Meio Ambiente - Carla Carniel/Reuters
12.set.22 - Lula abraça Marina Siva, uma das cotadas para assumir novamente o Meio Ambiente Imagem: Carla Carniel/Reuters

Do UOL, em São Paulo

01/11/2022 13h58Atualizada em 01/11/2022 15h14

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou presença na COP27 (Cúpula das Nações Unidas para o Clima), que acontece entre os dias 6 e 18 de novembro, no Egito. A informação foi divulgada pela presidente do partido, Gleisi Hoffmann.

"Ele foi convidado pelo Consórcio [Interestadual da Amazônia Legal], recebeu um convite do governador Waldez [Góes, do Amapá, presidente do consórcio] para acompanhá-los neste evento. Ele irá, está vendo a melhor semana para ir", disse Gleisi.

Lula também recebeu o convite ontem das autoridades do Egito. O grupo que vai acompanhar o petista ainda não está definido —a deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) é uma das cotadas. Ela foi ministra do Meio Ambiente nos dois primeiros governos de Lula.

Outras pessoas cotadas para integrar o grupo que acompanhará o presidente eleito são o governador reeleito Helder Barbalho (MDB-PA), o ex-governador e senador eleito Wellington Dias (PT-PI) e o ex-chanceler Celso Amorim (PT).

Questão delicada. No convite para Lula, o presidente do Egito, Abdel Fattah El Sisi, parabenizou o petista pela vitória e diz que quer cooperar com o novo chefe de Estado brasileiro.

"Acredito que o Brasil é capaz de ter um papel positivo e construtivo durante a cúpula para promover uma ação climática no nível internacional", escreveu o presidente do Egito.

A ida de Lula é delicada, porque, tradicionalmente, o normal seria a presença do presidente em exercício também. O PT, no entanto, não está em conversa, nem cogita de Lula ir junto ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

Bolsonaro isolado. Segundo informações do colunista do UOL Jamil Chade, entre diplomatas, o convite para Lula foi considerado uma mensagem clara de que a comunidade internacional já não quer Bolsonaro como interlocutor.

Oficialmente, no entanto, o governo federal enviará uma grande delegação brasileira do atual presidente — formada por integrantes do Ministério do Meio Ambiente e do Itamaraty.

Na COP26, no ano passado, Bolsonaro faltou na conferência, mas participou de evento para homenagear militares que lutaram na Segunda Guerra Mundial, na Itália. O presidente também fez uma visita à cidade de seus antepassados.

O chefe do Executivo fez sua participação por meio de um vídeo gravado. Em um trecho, Bolsonaro afirma que o Brasil "sempre foi parte da solução, mas não do problema".

Urnas chanceladas. Em informe preliminar sobre a votação no Brasil, os observadores internacionais destacados pela OEA para acompanhar as eleições brasileiras reafirmaram a segurança das urnas e confirmaram a vitória de Lula.

"A Missão parabeniza ao presidente eleito e a seu companheiro de chapa, Geraldo Alckmin, e à governadora e os governadores eleitos na jornada eleitoral de domingo", diz informe.