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Kassab diz ter sido procurado pelo PT para conversa sobre apoio do PSD

Gilberto Kassab, então ministro da Ciência e Tecnologia, em audiência pública de comissão do Senado - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Gilberto Kassab, então ministro da Ciência e Tecnologia, em audiência pública de comissão do Senado Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

07/11/2022 17h34Atualizada em 07/11/2022 17h34

Em entrevista à GloboNews, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, confirmou que o PT o convidou para conversas. O movimento já era esperado, pois Kassab decidiu manter o partido neutro na disputa presidencial, a despeito de ter apoiado bolsonaristas, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), para os governos estaduais, mas manter quadros próximos a Lula, como o prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes.

O PSD também comanda o Senado Federal, com Rodrigo Pacheco, que tentará a reeleição da casa legislativa. Interlocutores apontam que o presidente da sigla pediria ministérios e o apoio do PT a Pacheco em troca de apoio parlamentar.

O senador Carlos Fávaro, também do PSD, foi coordenador do diálogo entre campanha de Lula e o agronegócio e seu nome é visto como provável justamente para a agricultura. Kassab foi ministro da Ciência e Comunicações no governo de Michel Temer, mas também comandou o Ministério das Cidades durante o governo Dilma.

Além disso, outra condicional para apoio ao futuro governo Lula seria o apoio federal para estados que serão governados pelo PSD ou aliados do partido como São Paulo - que conta com o vice-governador eleito, Felício Ramuth - , Paraná - que é, e continuará sendo, governado por Ratinho Júnior - e Sergipe, que elegeu Fábio Mitidieri. Gilberto Kassab quer se "sentir governando" para mobilizar deputados do PSD para a base de Lula.

Kassab diz ser contra o orçamento secreto

Mais cedo, Gilberto Kassab disse que sempre defendeu o fim do orçamento secreto e que apoiaria Lula caso ele quisesse modificar a forma com que funcionam as emendas de relator.

"Eu sempre fui um crítico de emendas vindas do Legislativo, sejam impositivas, ou não. Acredito que o parlamentar que é oposição, cabe a ele fiscalizar, denunciar e usar a tribuna para propor alternativas", afirmou.