PRF-SC: Métodos criminosos de atos em rodovias colocam população em risco
Em entrevista ao UOL News na noite de hoje (21), Alexandre Castilho, integrante do núcleo de Comunicação da PRF (Polícia Rodoviária Federal) de Santa Catarina, falou sobre os protestos feitos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) no estado.
Bolsonaristas têm organizado atos por todo país desde a derrota de Bolsonaro no segundo turno das eleições, em 30 de outubro. Eles não aceitam o resultado das urnas eletrônicas.
Para Castilho, os bloqueios em rodovias na região têm métodos criminosos e colocam a população em risco.
"Aqui em Santa Catarina, a PRF observou que, ao contrário do que ocorreu logo após as eleições, não existe mais manifestação pacífica. Não existe mais famílias protestando, e sim homens adultos, muitas vezes encapuzados e cobrindo os rostos, atuando à noite e usando métodos de criminosos, com bombas caseiras e colocando troncos de árvores sobre a rodovia", explicou.
Castilho também disse que a PRF verificou que as manifestações e acampamentos pró-Bolsonaro que existiam antes perderam têm menos apoiadores e, hoje, os atos são "claramente antidemocráticos e criminosos".
Mais cedo, a corporação afirmou em nota que o método usado por manifestantes favoráveis a Bolsonaro para bloquear estradas nos estados lembra ações de terroristas ou de black blocs.
"A maioria das paralisações deste final de semana teve caráter diferente das realizadas logo após as eleições. Na maior parte dos casos, tratava-se de ocorrências criminosas e violentas, promovidas no período noturno por baderneiros, homens encapuzados extremamente violentos e coordenados", diz o comunicado.
Um homem de 37 anos, identificado como líder de um dos grupos, foi preso na madrugada de sábado em Joinville. Ele não teve direito à fiança e segue no presídio regional de Joinville, segundo a PRF.
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