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Lula alega 'situação interna' e estuda visita a Biden em 2023, diz Amorim

Do UOL, em Brasília

05/12/2022 10h27Atualizada em 06/12/2022 08h17

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), considera visitar o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, somente após a posse, que acontece em janeiro de 2023. A informação é do ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, que relatou como foi o encontro de Lula com o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, hoje, em Brasília.

O presidente americano se dispôs a receber Lula neste mês, segundo Amorim. Mas Lula alegou "situação interna" e disse que "talvez não desse" para viajar aos EUA neste ano.

Não foi um 'não' de Lula para Biden. "Ele [Sullivan] fez questão de dizer que o presidente Biden receberia, estaria disposto a receber o presidente Lula antes mesmo da posse. O presidente Lula comentou a situação interna, providências que têm de ser tomadas, negociações diversas que estão ocorrendo e ele disse que talvez não desse. Não disse 'não', mas disse que talvez não desse", declarou Amorim.

Qual "situação interna"? Amorim não respondeu o que Lula quis dizer ao usar o termo. Mas ressaltou que o presidente fez comparação entre o "trumpismo" e o "bolsonarismo" durante a conversa.

Os termos se referem à estratégia política e de comunicação das gestões e dos apoiadores de Donald Trump, ex-presidente dos EUA, e o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Quem participou da reunião? Além de Lula e Amorim, o senador Jaques Wagner (PT-BA) e o ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) participaram da reunião com o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA.

Sullivan também vai se reunir com o secretário de Assuntos Estratégicos do governo Jair Bolsonaro (PL), almirante Flávio Rocha, na parte da tarde.