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Bolsonarista, filiado ao Partido Cristão: quem é vereador que atacou colega

Vereador Marquinhos (PSC), de Florianópolis - Reprodução/Instagram
Vereador Marquinhos (PSC), de Florianópolis Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC)

08/12/2022 17h55

Mais conhecido como Marquinhos, o vereador Marcos Leandro Gonçalves da Silva (PSC) foi filmado ontem agarrando uma colega, a vereadora Carla Ayres (PT), durante uma sessão da Câmara de Florianópolis. Ele é um político de 53 anos, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputou três vezes as eleições, sempre ficando de suplente.

Em 2020, concorreu a vereador pelo PSC (Partido Social Cristão), mas só assumiu em fevereiro de 2021 com a saída de Guilherme Pereira, que se tornou titular da Secretaria do Continente.

Antes do episódio de assédio, o vereador usava o Instagram para mostrar as pautas que defendia no legislativo municipal. Diz que suas bandeiras principais são "meio ambiente e o desenvolvimento urbano" e fez grande alarde pelo combate às pichações na cidade.

Além disso, foi diretor geral da Floram (Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis).

Entre um post e outro, fica claro seu posicionamento político.

Já criticou os apresentadores do Jornal Nacional, William Bonner e Renata Vasconcellos, pela entrevista com Bolsonaro antes do primeiro turno das eleições. Elogiou a conduta do presidente e falou que os jornalistas "não estarem respeitando seus diplomas".

Também atacou o STF (Supremo Tribunal Federal) e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), criticando uma suposta "censura" contra a Jovem Pan, quando o órgão determinou que a emissora desse direito de resposta a Lula (PT).

Em março de 2021, Marquinhos disse estar "consternado" com a decisão do STF de anular todas as condenações contra o ex-presidente Lula e disse que o "sentimento é de extrema indignação" e que "nem tudo é tão ruim que não pode piorar".

Em outra postagem, de 24 de agosto deste ano, o político critica diretamente o ministro Alexandre de Moraes devido à operação contra empresários que, em um grupo de whatsapp, falaram em golpe caso Bolsonaro perdesse. Sobre uma foto com o rosto do magistrado, Marquinhos escreve: "democracia para quem?". E no texto da publicação diz que ocorre um "absurdo em Brasília".

Apesar de compartilhar alguns posicionamentos de Bolsonaro, Marquinhos incentivou o uso de máscaras para conter o coronavírus e disse que o resultado das urnas deveria ser respeitado.

Mas, em setembro de 2021, criticou a demora para o retorno às aulas presenciais na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). "UFSC vazia até quando?", perguntou.

Vida pessoal

O político é casado e tem dois filhos, que são gêmeos. As crianças inclusive foram levadas na cerimônia de posse em 2021. Na época, disse em uma publicação no Instagram que as crianças "são as maiores fontes de inspiração" dele. "São o motivo das minhas alegrias e das minhas emoções", complementou.

Marquinhos é economista formado na UFSC e é manezinho, como são chamados os nativos de Florianópolis.

Ele também é dono de uma empresa de organização de eventos e festas, aberta em agosto de 2019 como uma MEI (Microempresa Individual), com um capital social de R$ 1.000.

O negócio é chamado de "Kibada do Marquinhos", que também dá nome a uma festa que está na sua 8ª edição.

Além disso, para a justiça eleitoral declarou em 2020 possuir metade de uma casa no bairro Itaguaçu, em Florianópolis. O valor declarado foi de R$1.250.000.