Moraes arquiva ação que acusou Michelle de financiar atos terroristas
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), arquivou ontem uma representação contra a primeira-dama Michelle Bolsonaro por suposto financiamento de atos golpistas. A representação havia sido protocolada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Não há nenhum indício real de fato típico praticado pela representada (quis) ou qualquer indicação dos meios que a mesma teria empregado em relação às condutas objeto de investigação, ou ainda, o malefício que produziu, os motivos que o determinaram, o lugar onde a praticou, o tempo ou qualquer outra informação relevante que justifique a instauração de inquérito ou investigação.
Na peça, Randolfe dizia que manifestantes que acampavam no Palácio do Alvorada recebiam sanduíches e refrigerantes pagos por Michelle. Moraes, no entanto, negou essas alegações.
Carece de elementos indiciários mínimos, restando patente a ausência de justa causa para a instauração da investigação, sendo, portanto, necessário seu imediato arquivamento.
O pedido do senador se deu após as manifestações de grupos bolsonaristas que vandalizaram Brasília na última segunda-feira (12).
O que aconteceu?
Os ataques começaram após Moraes determinar a prisão temporária do indígena bolsonarista José Acácio Serere Xavante, suspeito se ameaçar e perseguir o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Manifestantes diziam fazer parte do "movimento" que "luta pelo Brasil". Em sua maioria com camisas verde-amarela, eles gritavam frases ouvidas em atos golpistas ou em comícios do presidente Jair Bolsonaro (PL), como "Brasil acima de todos" e "prende o Lula".
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