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Em dia de ação da PF a mando de Moraes, Dino diz que 'caos não vencerá'

O senador eleito Flávio Dino (PSB) concede entrevista ao programa Canal Livre, da Rede Bandeirantes - Reprodução/YouTube/Band Jornalismo
O senador eleito Flávio Dino (PSB) concede entrevista ao programa Canal Livre, da Rede Bandeirantes Imagem: Reprodução/YouTube/Band Jornalismo

Do UOL, em São Paulo

15/12/2022 10h58

O ex-governador do Maranhão Flávio Dino (PSB), futuro ministro da Justiça no terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), escreveu nas redes sociais que "os que querem o caos antidemocrático não venceram e não vencerão", dizendo que "reitera" a declaração dada na segunda-feira (12). O dia foi marcado por atos de vandalismo provocados por bolsonaristas em Brasília.

Hoje, a Polícia Federal cumpre mandados de prisão e busca e apreensão contra nomes relacionados aos atos golpistas. A ação, autorizada por Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é a maior feita até o momento contra as mobilizações que rejeitam os resultados das eleições 2022.

"Não podemos achar que há vitória daqueles que querem o caos. Há infelizmente pessoas desejando o caso antidemocrático e ilegal? Sim, há. Mas essas pessoas não venceram e não vencerão amanhã", diz Dino no trecho de um vídeo compartilhado no Twitter.

Novo governo quer acabar com acampamentos bolsonaristas. A sinalização que o futuro ministro da Justiça já deu até o momento é de que, a partir da posse de Lula, haverá um enfrentamento mais ativo contra os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que pedem golpe militar em frente a quartéis.

"No dia 1º de janeiro, aquilo que não pôde ser feito nesses 15 dias, será feito", prosseguiu. "A partir do dia 1º de janeiro, tomaremos as providências que neste momento não são cabíveis", declarou Flávio Dino em uma coletiva — a mesma da qual retirou trecho para compartilhar no Twitter.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a remoção de manifestantes será um dos primeiros pedidos de Lula aos próximos comandantes das Forças Armadas, ainda não confirmados.

Isso porque o governo do Distrito Federal afirma que os acampamentos estão em região militar — portanto, fora da região em que forças estaduais podem atuar. O local que concentra mais bolsonaristas no DF é um Comando do Exército brasileiro.