Arthur Lira nega 'faca no pescoço' por negociações na Câmara: 'Nunca fiz'
A declaração foi dada ontem em entrevista gravada à jornalista Andreia Sadi, da GloboNews, antes do STF (Supremo Tribunal Federal) declarar como inconstitucionais as emendas chamadas de "orçamento secreto".
Para Lira, elas são "emendas municipalistas", e a defesa do modelo por parte do Congresso Nacional não envolveu discussões de "chantagem" do Centrão com Lula (PT), o presidente eleito, disse o parlamentar.
"É injusto chamar de secreto, imputar sobre essa emenda qualquer tom de corrupção ou empoderamento. Não há esse fato. Na Câmara, as coisas são discutidas com muita clareza", opinou Lira.
"Essas versões não ajudam, como quando dizem que o Centrão chantageia, que o Lira bota a faca no pescoço — eu nunca fiz isso com ninguém".
A possibilidade levantada pela jornalista era de que o Congresso poderia encaixar o orçamento secreto dentro da PEC da Transição, proposta já foi aprovada pelo Senado e que está prevista para ser debatida na Câmara na terça-feira (20).
Além da decisão do STF, outro fator novo ocorreu desde a entrevista de Lira à Sadi: o ministro Gilmar Mendes, também do Supremo, concedeu a possibilidade do Bolsa Família — o Auxílio Brasil de hoje — poder funcionar fora do teto de gastos.
Isso diminui a necessidade que Lula tinha em relação à PEC, já que ele poderia, de forma legal, cumprir a promessa de manter os R$ 600 do benefício social concedido hoje.
A decisão de Gilmar também pode alterar o diálogo entre Lula e Lira por cargos nos ministérios para integrantes do Centrão.
Aliados do presidente eleito comemoraram a decisão, mas nomes como a presidente do PT Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Fernando Haddad, futuro ministro da Fazenda, disseram que o PT ainda quer que a PEC da Transição seja aprovada no Congresso nesta semana.
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