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MPF recomenda ação conjunta para conter novos atos de violência em Brasília

Apoiadores de Jair Bolsonaro atearam fogo em ônibus durante protesto em Brasília no último dia 12 - 12.dez.2022 - Ueslei Marcelino/Reuters
Apoiadores de Jair Bolsonaro atearam fogo em ônibus durante protesto em Brasília no último dia 12 Imagem: 12.dez.2022 - Ueslei Marcelino/Reuters

Do UOL, em São Paulo

20/12/2022 12h32

O órgão propôs que a PF, o Comando Militar do Planalto, a Polícia Militar e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal atuem juntos para prevenir novas manifestações violentas em Brasília, como as que aconteceram no último dia 12.

As principais medidas que os procuradores propõem são:

  • o planejamento conjunto da atuação dos órgãos, incluindo a fiscalização de porte ilegal de armamentos, explosivos e outros dispositivos perigosos;
  • a criação de um canal direto de troca de informações para prevenir possíveis conflitos;
  • monitoramento dos pontos de tensão, incluindo o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, a Praça dos Três Poderes e a Esplanada dos Ministérios.

Na peça, eles dizem que as manifestações contra o resultado da eleição não podem ameaçar "o Estado de Direito, as instituições democráticas e a ordem social".

As entidades têm até 72 horas para responder à proposta.

Manifestações antidemocráticas

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) queimaram carros, ônibus e tentaram invadir a sede da Polícia Federal em Brasília no último dia 12. Os ataques ocorreram após a PFl prender o indígena bolsonarista José Acácio Tserere Xavante, por ordem do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Ele é suspeito de ameaça de agressão e de perseguição contra o presidente eleito Lula (PT).

Ninguém foi preso imediatamente após os atos. A SSP-DF (Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal) informou que o ocorrido está sendo investigado, e quando os participantes forem identificados, serão responsabilizados.