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Alckmin: 'Tivemos enorme retrocesso. O governo federal andou para trás'

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

22/12/2022 11h02Atualizada em 22/12/2022 13h34

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou hoje que o governo federal, sob o comando do presidente Jair Bolsonaro (PL), "andou para trás".

Infelizmente, tivemos retrocesso em muitas áreas. O governo federal andou para trás. O estado que o presidente Lula recebe é muito mais difícil e triste do que anteriormente.
Alckmin apresentou o relatório final do Gabinete de Transição no CCBB em Brasília

No relatório que foi entregue hoje, o governo de transição destacou a falta de recursos e a ameaça real de um colapso de serviços públicos.

"A herança do governo Bolsonaro é a desorganização do Estado e o desmonte dos serviços públicos essenciais. Esses processos foram contínuos, abrangentes e sistemáticos. O desmonte respondeu a uma lógica de menos direitos para a maioria, e mais privilégios para uma minoria", diz trecho do relatório.

Veja alguns pontos citados por Alckmin, que classificou o governo Bolsonaro como ineficiente:

A aprendizagem diminui, a evasão escolar aumentou, os recursos para essenciais, como a merenda escolar, ficaram congelados em 36 centavos. Tivemos quase colapso dos institutos federais e das universidades. Portanto, um grande desafio pela frente.
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A má condução da questão da saúde, a maneira displicente, irresponsável, fez com que o Brasil, tendo 2,7% da população mundial, tivesse quase 11% das mortes por covid.
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Tivemos um aumento de 59% do desmatamento da Amazônia entre 2019 e 2022. Nos últimos 30 dias, houve alta de 1216% no número de queimadas. É devastação das florestas, não por agriculturas, mas por grileiros, quando o grande desafio do mundo é combater as mudanças climáticas.
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Além disso, o relatório apontou:

  • Retrocesso na vacinação infantil;
  • 93% das rodovias federais sem contrato de manutenção e prevenção;
  • Redução para R$ 2 milhões nos recursos da Defesa Civil e prevenção de desastres;
  • Redução de quase 90% dos recursos para Cultura;
  • Distribuição de armas levou a um recorde de casos de feminicídio;
  • Redução de estoque de grãos, que causou aumento no preço dos alimentos e agravamento da insegurança alimentar.