Topo

Esse conteúdo é antigo

'Hei, Mourão vai tomar no c*', dizem acampados após pronunciamento

31.dez.2022 - Apoiadores de Bolsonaro assistem o pronunciamento do presidente em exercício, Hamilton Mourão, em Brasília - Felipe Pereira/UOL
31.dez.2022 - Apoiadores de Bolsonaro assistem o pronunciamento do presidente em exercício, Hamilton Mourão, em Brasília Imagem: Felipe Pereira/UOL

Do UOL, em Brasília

31/12/2022 21h53

Os manifestantes na frente do QG do Exército em Brasília reagiram com xingamentos ao pronunciamento de Hamilton Mourão, presidente em exercício, na noite de hoje.

Sobrou até para o Exército, chamado de "frouxo" por parte de bolsonaristas, o que causou discussões ásperas entre acampados.

Ação de Mourão x reação dos acampados

  • Presidente em exercício abre a fala sem convocar um golpe e manifestantes puxam o coro de "Hei Mourão, vai tomar no c*"

  • Mourão diz que a alternância de poder é saudável e acampados riem de forma sarcástica e raivosa

Críticas ao Exército

  • Um grupo foi até o QG e chamou os soldados de "frouxos"
  • Pessoas que estavam distantes gritaram: "vergonha, vergonha, vergonha"

Instituição cultuada por considerável parcela dos manifestantes, o Exército logo ganhou advogados. Alguns manifestantes começaram a defender os militares e várias discussões acaloradas estiveram perto de virar briga.

Os principais pontos do pronunciamento de Mourão

  • Sem citar nomes, ele criticou integrantes dos três Poderes em razão de um "silêncio ou protagonismo inoportuno e deletério";
  • Afirmou que o Brasil trocará de governo, mas não de regime;
  • Pediu a apoiadores que "retornem aos seus afazeres", sem mencionar diretamente bolsonaristas que permanecem nas portas de quartéis.

Como tentaram acalmar os ânimos

  • Uma mulher subiu ao palco e disse que tudo é parte de um plano e que o golpe virá antes do amanhecer
  • Um pastor proibiu pessoas de subirem no palco para falar mal do Exército porque causaria brigas

Decepção e deserção

A sensação coletiva era de que os acampados —que pedem um golpe militar— foram traídos pelas Forças Armadas e pelo governo Jair Bolsonaro.

O único levante foi de cadeiras de praia de pessoas que abandonaram o QG do Exército. Eles foram para avenida esperar Uber e ainda ouviram provocações de petistas que passavam de carro.