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Moraes decreta prisão preventiva de bolsonaristas acusados de vandalismo

Do UOL, em Brasília

06/01/2023 19h20Atualizada em 06/01/2023 20h31

O ministro do STF decretou a prisão preventiva (sem prazo para acabar) de 11 suspeitos de cometer atos de vandalismo em Brasília, no dia 12 de dezembro do ano passado.

Destes, quatro já estão detidos e os outros sete seguem foragidos desde a operação da Polícia Federal contra o grupo, deflagrada no último dia 29. Os prazos das prisões temporárias autorizadas pelo Supremo Tribunal federal venceriam hoje.

Quatro pessoas foram localizadas e detidas pela PF: Klio Hirano, Átila Melo, Samuel Cavalcante e Joel Pires Santana; Outros sete bolsonaristas seguem foragidos, incluindo Alan Diego dos Santos, suspeito de ter auxiliado na bomba plantada em um caminhão de querosene nas proximidades do aeroporto de Brasília.

Em decisão, Moraes afirma que as provas colhidas até o momento demonstram que os investigados ameaçaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os demais ministros do Supremo de forma organizada e coordenada com o objetivo de impedir o exercício dos poderes.

O ministro apontou que há indícios de materialidade nos crimes de dano qualificado, incêndio, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Segundo Moraes, por se tratar de investigação de crime de associação criminosa, há possibilidade da liberdade dos suspeitos colocarem em risco a coleta de novas provas.

Além disso, o ministro registra que os atos antidemocráticos não cessaram completamente, uma vez que atos golpistas continuam sendo conduzidos em alguns pontos do país.

Além das prisões, a operação cumpriu 21 mandados de busca e apreensão em sete Estados e no Distrito Federal.

A investigação da PF apura o episódio em que bolsonaristas tentaram invadir o prédio-sede da corporação no centro de Brasília. Sem sucesso, o grupo então praticou atos de vandalismo pela cidade, queimando e destruindo veículos.

Os ataques tiveram início após a prisão do líder indígena bolsonarista José Acácio Serene Xavante, acusado de ameaçar e perseguir o presidente Lula. Os crimes foram cometidos na noite do dia 12 de dezembro, mesma data em que o petista foi diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral.