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Líder do governo no Congresso pede intervenção federal na segurança do DF

 "Não quero acreditar que vá ficar independente", diz Randolfe, sobre a União Brasil  -  O Antagonista
"Não quero acreditar que vá ficar independente", diz Randolfe, sobre a União Brasil Imagem: O Antagonista

Do UOL em Brasília

08/01/2023 16h48

O líder do Congresso do governo de Luíz Inácio Lula da Silva, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República para que seja decretada uma intervenção federal na Segurança Pública do Distrito Federal.

Randolfe também fez pedidos ao Supremo Tribunal Federal. "Estamos protocolando agora dois pedidos ao ministro Alexandre de Moraes: 1 - Prorrogação do inquérito dos atos antidemocráticos a partir dos acontecimentos de hoje.2 - Impedimento de posse e, em caso de posse, afastamento do Sr Anderson Torres, da Secretaria de Justiça do DF", escreveu Randolfe.

Para integrantes do governo atual, houve omissão do governo do Distrito Federal, de Ibaneis Rocha (MDB), com os manifestantes golpistas, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro, Anderson Torres, foi nomeado para assumir Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal a partir deste mês. A segurança dos prédios do poder federal em Brasília são de responsabilidade do governo do Distrito Federal.

Torres aceitou o convite feito pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), para comandar a pasta ainda no começo de novembro, após fracassar a tentativa de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de outubro.

Delegado da PF (Polícia Federal) desde 2003, Torres assumiu o Ministério da Justiça em março de 2021, no lugar de André Mendonça. Antes, a pasta havia sido comandada por Sergio Moro (União Brasil).

Os bolsonaristas ficaram acampados por meses em frente ao quartel das Forças Armadas, na capital federal, pedindo intervenção militar e fazendo ameaças sobre o impedimento da posse do presidente Lula.

No início de dezembro, um grupo de bolsonaristas queimou carros, ônibus e tentou invadir a sede da Polícia Federal em Brasília, nesta segunda-feira (12), após a prisão de um líder indígena que apoia o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os ataques começaram depois de o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, determinar a prisão temporária de José Acácio Serere Xavante, pelo prazo de dez dias, por suspeita de ameaça de agressão e de perseguição contra o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).