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Página no Instagram busca identificar quem esteve em ato terrorista no DF

Do UOL, em São Paulo

08/01/2023 21h57Atualizada em 09/01/2023 14h59

Uma página no Instagram propõe identificar pessoas que participaram das manifestações golpistas, em ação coordenada, com depredação às instalações do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal).

A conta @contragolpebrasil foi criada no final da tarde de domingo (8) e já possui 854 mil seguidores no começo da tarde de segunda-feira (9). A cada publicação, a foto da pessoa que teria participado do ato é publicada e o perfil, marcado.

"Perfil para a identificação dos(as) criminosos(as) que atentam contra a democracia do Brasil!", diz trecho da bio do perfil.

Na noite de ontem, a página informou pelos "stories" que o Instagram limitou alguns recursos, como a criação de novas postagens por tempo indeterminado. "A função de responder mensagens também está suspensa", informou o perfil.

Um grupo de milhares de extremistas bolsonaristas que marchava pela Esplanada dos Ministérios enfrentou os bloqueios policiais, invadiu e depredou o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do STF.

Os terroristas atacaram primeiro o prédio do Congresso. Eles enfrentaram os policiais que mantinham bloqueios na área, subiram a rampa do Congresso e, em seguida, tomaram as famosas cúpulas.

Eles também quebraram a vidraça do Salão Nobre do prédio e conseguiram entrar no Congresso Nacional, apesar de enfrentarem resistência da Polícia Legislativa.

Após a tomada do Congresso, um grupo se dirigiu ao Palácio do Planalto, sede do governo federal, e entrou no prédio. Policiais formaram uma barreira para impedir acesso ao interior do edifício, de onde despacham o presidente da República e vários ministros.

Os manifestantes conseguiram subir a rampa do Planalto, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu a faixa presidencial há uma semana. Lula não está em Brasília. Ele viajou para Araraquara, no interior de São Paulo, para avaliar o impacto das chuvas que atingiram a região nos últimos dias.

Intervenção federal

Quase três horas após os atos de terrorismo, o presidente Lula anunciou intervenção federal no DF até 31 de janeiro. Ele estava em Araraquara, no interior de São Paulo, quando comunicou a decisão à imprensa.

No pronunciamento, Lula criticou a gestão de Bolsonaro, chamou os manifestantes de "fascistas" e ressaltou que os responsáveis pelos protestos golpistas e seus financiadores sejam punidos.

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