Fotógrafo de Lula diz que terroristas levaram seus equipamentos em ataque
O fotógrafo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ricardo Stuckert, afirmou hoje que seus equipamentos de trabalho foram levados durante o ataque de vândalos na sede do Palácio do Planalto no domingo (8).
- O local foi invadido e depredado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
- Eles também vandalizaram os prédios do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Congresso Nacional, no domingo (8)
- Prejuízo total ainda não foi calculado
Sou fotojornalista há mais de 30 anos e nunca vi tamanha barbárie. A destruição está por toda parte. Levaram minhas máquinas fotográficas, lentes, drone. Levaram parte do meu trabalho. Não são apenas objetos subtraídos e outros depredados. É a nossa história, a nossa memória
Ricardo Stuckert, fotógrafo de Lula
Segundo a Presidência da República, os vândalos destruíram parte importante do acervo artístico e arquitetônico ali reunido e que representa um capítulo importante da história nacional.
O governo informou que ainda não é possível ter um levantamento minucioso de todas as pinturas, esculturas e peças de mobiliário destruídas.
A avaliação preliminar feita pela equipe responsável aponta os seguintes estragos em peças icônicas do acervo.
No térreo
- Obra "Bandeira do Brasil", de Jorge Eduardo, de 1995: a pintura, que reproduz a bandeira nacional hasteada em frente ao palácio e serviu de cenário para pronunciamentos dos presidentes da República, foi encontrada boiando sobre a água que inundou todo o andar, após vândalos abrirem os hidrantes ali instalados.
- Galeria dos ex-presidentes: totalmente destruída, com todas as fotografias retiradas da parede, jogadas ao chão e quebradas.
No 2º andar
- O corredor que dá acesso às salas dos ministérios que funcionam no Planalto foi brutalmente vandalizado. Há muitos quadros rasurados ou quebrados, especialmente fotografias. O estado de diversas obras não pôde ainda ser avaliado, pois é necessário aguardar a perícia e a limpeza dos espaços para só daí ter acesso às obras.
No 3º andar
- Obra "As mulatas", de Di Cavalcanti: a principal peça do Salão Nobre do Palácio do Planalto foi encontrada com sete rasgos, de diferentes tamanho. A obra é uma das mais importantes da produção de Di Cavalcanti
- Obra "O Flautista", de Bruno Giorgi: a escultura em bronze foi encontrada completamente destruída, com pedaços espalhados pelo salão. Está avaliado em R$ 250 mil.
- Escultura de parede em madeira de Frans Krajcberg: quebrada em diversos pontos. A obra se utiliza de galhos de madeira, que foram quebrados e jogados longe. A peça está estimada em R$ 300 mil.
- Mesa de trabalho de Juscelino Kubitscheck: exposta no salão, a mesa foi usada como barricada pelos terroristas. Avaliação do estado geral ainda será feita.
- Mesa-vitrine de Sérgio Rodrigues: o móvel abriga as informações do presidente em exercício. Teve o vidro quebrado.
- Relógio de Balthazar Martinot: o relógio de pêndulo do Século 17 foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI. Martinot era o relojoeiro de Luís XIV. Existem apenas dois relógios deste autor.
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