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Governo quer cobrar danos dos invasores, diz Dino

9.jan.2023 - Flávio Dino, Ministro da Justiça, durante coletiva de imprensa. - Amanda Perobelli/Reuters
9.jan.2023 - Flávio Dino, Ministro da Justiça, durante coletiva de imprensa. Imagem: Amanda Perobelli/Reuters

Do UOL, em Brasília

09/01/2023 17h26Atualizada em 09/01/2023 17h34

O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse nesta segunda-feira que o governo pretende identificar os invasores para cobrar deles os valores relativos ao dano patrimonial na Justiça.

Qual o plano para cobrar os invasores?

  • Os laudos das perícias nos prédios destruídos vão ser remetidos à AGU (Advocacia-Geral da União) para cobrar indenização de quem perpetrou danos materiais em relação ao edifício sede e aos objetos
  • Esses documentos vão aparelhar as ações de indenização
  • O governo pretende identificar todos as pessoas que contrataram ônibus para a caravana que foi a Brasília
  • Com isso, a ideia é conseguir identificar os financiadores dos atos golpistas

Nunca minimizamos o terrorismo, sempre agimos, mas com os meios disponíveis, que não são os ideais. Não estamos operando em situação de normalidade institucional."
Flávio Dino, ministro da Justiça

Ele afirmou que o governo está lidando com as ameaças desde antes da posse.

"A Força Nacional tem 300 homens e temos 140 em Brasília. Todos estavam na Praça dos Três Poderes."

Foi a materialização do efeito do discurso de ódio, como nós alertamos nesses anos. Essas palavras se transformaram em ódio e se transformaram em destruição."

Responsabilização do ex-presidente

Dino responsabilizou o discurso de ódio de Jair Bolsonaro como item que inflamou a violência em Brasília no domingo.

Há líderes políticos responsáveis pela destruição que vimos ontem."

Questionado quem seriam esses líderes, o ministro foi enfático.

O ex-presidente e seus seguidores dirigiram ataques aos Poderes."

O ministro comparou os ataques terroristas em Brasília com o episódio de 6 de janeiro de 2021 nos Estados Unidos, quando apoiadores de Donald Trump atacaram o congresso americano.

Vivemos o Capitólio brasileiro. Mas não houve óbito e tem mais presos aqui que lá."

Na ocasião do ataque ao Capitólio, 14 prisões feitas. Dois anos depois, o número chega a quase mil. Um policial foi morto durante a invasão.