Relógio destruído por golpistas é raro e chegou ao Brasil em 1808

Um relógio de pêndulo raro e de valor fora do padrão está entre os itens históricos destruídos durante a invasão aos prédios dos Três Poderes em Brasília por extremistas bolsonaristas. Em nota, o Planalto afirmou que a peça foi um presente da Corte Francesa para a família real portuguesa, especificamente para Dom João VI.

"Acabei de chegar no Palácio do Planalto para receber o presidente Lula, o cenário é de caos! Obras de arte históricas foram destruídas, entre elas uma pintura de Di Cavalcanti e um relógio do Século XIX que foi dado de presente para D. João VI", escreveu o senador Randolfe Rodrigues no Twitter.

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• peça original do século XVII;
• no Brasil desde 1808;
• feito por Balthazar Martinot, o relojoeiro de Luís XIV;
• existem apenas dois relógios de Martinot. O outro, exposto no Palácio de Versalhes, na França, tem metade do tamanho da peça que foi destruída pelos terroristas;
• ficava no terceiro andar do Palácio do Planalto, próximo ao gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT);
• foi resgatado de um depósito do governo e passou por restauração em 2012;
• segundo Randolfe, relógio tem "valor inestimável".

O relógio ficou muito danificado após a invasão dos golpistas ao Palácio do Planalto: foram arrancados uma estátua de Netuno que ficava no topo do objeto, os ponteiros e também os números.

De acordo com o diretor de Curadoria dos Palácios Presidenciais, Rogério Carvalho, sua restauração será muito difícil.