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Escultura 'Bailarina' é restaurada e volta a ser exibida na Câmara

Equipe da Restauração ajeita obra "A Bailarina" após atos de vandalismo na Câmara dos Deputados - Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Equipe da Restauração ajeita obra "A Bailarina" após atos de vandalismo na Câmara dos Deputados Imagem: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

11/01/2023 16h06Atualizada em 11/01/2023 16h35

A obra de 1920 feita pelo escultor Victor Brecheret foi uma das depredadas durante os atos terroristas do último domingo em Brasília.

  • A escultura foi separada da base e jogada no chão
  • A restauração conseguiu deixar a obra "em perfeito estado", afirmou a Câmara
  • Já é possível vê-la novamente no saguão de entrada da Casa, sob a escada que leva para o Salão Verde

Obra "A Bailarina" foi separada da base e jogada no chão durante a invasão da Câmara no domingo (8) - Bruno Spada/Câmara dos Deputados - Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Obra "A Bailarina" foi separada da base e jogada no chão durante a invasão da Câmara no domingo (8)
Imagem: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A escultura de bronze foi doada à Câmara dos Deputados em 2015 por Sandra Brecheret Pellegrini, filha de Victor.

"Escultura em bronze polido, representa a fase parisiense do escultor, em que prevalecia a delicadeza das formas e a sutileza com que tratava os temas femininos", diz trecho do texto da Câmara que descreve a obra.

No Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal, os invasores também vandalizaram diversas obras de arte.

A avaliação preliminar feita pela equipe responsável aponta os seguintes estragos em peças icônicas do acervo:

  • Obra "Bandeira do Brasil", de Jorge Eduardo, de 1995: pintura que reproduz a bandeira nacional hasteada em frente ao Palácio foi encontrada boiando sobre a água que inundou todo o andar, após vândalos abrirem os hidrantes ali instalados
  • Galeria dos ex-presidentes: totalmente destruída, com todas as fotografias retiradas da parede, jogadas ao chão e quebradas
  • O corredor que dá acesso às salas dos ministérios que funcionam no Planalto foi brutalmente vandalizado. Há muitos quadros rasurados ou quebrados, especialmente fotografias. O estado de diversas obras não pôde ainda ser avaliado, pois é necessário aguardar a perícia e a limpeza dos espaços para só daí ter acesso às obras.
  • Obra "As mulatas", de Di Cavalcanti: a principal peça do Salão Nobre do Palácio do Planalto foi encontrada com sete rasgos, de diferentes tamanho. A obra é uma das mais importantes da produção de Di Cavalcanti
  • Obra "O Flautista", de Bruno Giorgi: a escultura em bronze foi encontrada completamente destruída, com pedaços espalhados pelo salão. Está avaliado em R$ 250 mil.
  • Escultura de parede em madeira de Frans Krajcberg: quebrada em diversos pontos. A obra se utiliza de galhos de madeira, que foram quebrados e jogados longe. A peça está estimada em R$ 300 mil.
  • Mesa de trabalho de Juscelino Kubitscheck: exposta no salão, a mesa foi usada como barricada pelos terroristas. Avaliação do estado geral ainda será feita.
  • Mesa-vitrine de Sérgio Rodrigues: o móvel abriga as informações do presidente em exercício. Teve o vidro quebrado.
  • Relógio de Balthazar Martinot: o relógio de pêndulo do Século 17 foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI. Martinot era o relojoeiro de Luís XIV. Existem apenas dois relógios deste autor.