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Governo pretende criar um memorial da invasão aos Poderes, diz Margareth

Margareth Menezes: um memorial sobre a invasão para que não se repita - FáTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Margareth Menezes: um memorial sobre a invasão para que não se repita Imagem: FáTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em Brasília

10/01/2023 16h27

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, informou que a pasta estuda criar um memorial sobre os ataques golpistas em Brasília no último domingo (8).

O foco da proposta, debatida em reunião hoje com a primeira-dama Janja da Silva, seria relembrar os atentados e as obras de arte destruídas durante os atos. Segundo a ministra, ainda não há uma estimativa dos danos causados pelos terroristas.

[A ideia é] criar um memorial sobre essa violência que sofremos para que nunca mais aconteça de novo. Esse [o acervo dos prédios] é um tesouro artístico, do povo brasileiro, é pertencimento da nação, do Estado, que precisa ser respeitado em sua integridade."
Margareth Menezes, ministra da Cultura

De acordo com a ministra, a ideia ainda é embrionária. Não está estabelecido como seria este memorial, onde ficaria nem quanto custaria ou de onde viria o recurso para construí-lo.

Margareth fez uma vistoria pelo Palácio do Planalto junto a Janja e o diretor de Curadoria dos Palácios Presidenciais, Rogério Carvalho. Entre as obras danificadas, estão:

  • O quadro "Mulatas" (1962), de Di Cavalcanti, esfaqueada pelo menos cinco vezes. Ela tem o valor estimado em até R$ 20 milhões;
  • O relógio de Balthazar Martinot, datado do Século 17, um presente da Corte Francesa para Dom João VI;
  • A escultura "Bailarina" (1920), de Victor Brecheret, arrancada de seu suporte na Câmara dos Deputados.

Segundo ela, o inventário com todos as obras e patrimônios danificados — e seus valores estimados — deverá ser entregue até a próxima quinta (12). A partir daí, o ministério irá avaliar possibilidade de financiamento de restauração, que pode incluir parceria com iniciativa privada.

É uma falta de sensibilidade muito grande. O relógio mesmo, que foi quebrado, nós não sabemos se vai ter possibilidade de restaurar. É uma peça única. O quadro de Di Cavalcanti também, pela mesma forma. Então, restauração terá, mas está tudo muito sensível ainda, é muito novo."
Margareth Menezes, ministra da Cultura