Envolvido no caso do caminhão-bomba teve cargo no governo Bolsonaro
Wellington Macedo de Souza, jornalista de 47 anos, foi assessor no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, que sob Bolsonaro foi chefiado pela agora senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF).
O jornalista recebia salário de R$ 10.373 e ficou no cargo do governo Bolsonaro por menos de um ano, sendo nomeado em fevereiro e exonerado em outubro de 2019.
Ele é um dos três envolvidos na tentativa frustrada de ataque a bomba ao Aeroporto de Brasília no final de 2022.
O depoimento de George Washington de Oliveira Sousa (o único preso) atribui a Wellington a instalação da bomba em um caminhão-tanque cheio de querosene próximo ao aeroporto. Segundo as investigações, a explosão não aconteceu por falhas no dispositivo.
Atualmente, Wellington é considerado foragido pela Justiça. Ele estava em prisão domiciliar em Sobral (CE) desde o final de 2021, quando foi preso pela Polícia Federal por suspeita de financiar e organizar ato antidemocrático em 7 de Setembro daquele ano. Usava até então uma tornozeleira eletrônica, determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.
Auxílio emergencial. Segundo o Portal da Transparência, Wellington recebeu quatro parcelas do auxílio emergencial de R$ 600 em 2020. Ele também recebeu pouco mais de R$ 24 mil em indenizações e pagamento de diárias do governo federal.
Vida na política. Foi candidato a deputado federal pelo PTB de São Paulo em outubro de 2022, mas não se elegeu. Apoiador de Jair Bolsonaro, era visita constante no acampamento golpista no QG do Exército em Brasília. Em suas redes sociais (agora restritas por decisão judicial), ele postava fotos e vídeos em que convocava a população para uma insurgência contra o governo Lula.
Caminhão-bomba. Ele é o terceiro réu na tentativa de atentado a bomba ao Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, em 24 de dezembro. Segundo as investigações, ele planejou o ataque com Alan Diego dos Santos Rodrigues, 32, e George Washington de Oliveira Sousa, 54.
Os três se tornaram réus no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, a cargo do juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal do Distrito Federal.
Eles responderão pelo crime de explosão, quando se expõe "a perigo a vida na integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos". A pena é de três a seis anos de prisão e pagamento de multa.
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