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Justiça acata pedido da AGU e bloqueia R$ 18,5 mi de financiadores de 8/1

8.jan.2023 - Golpistas bolsonaristas invadem o Congresso Nacional, em Brasília (DF) - Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo
8.jan.2023 - Golpistas bolsonaristas invadem o Congresso Nacional, em Brasília (DF) Imagem: Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em Brasília

21/01/2023 15h55Atualizada em 21/01/2023 15h55

A Justiça Federal do DF acatou hoje novo pedido da AGU (Advocacia Geral da União) e autorizou o bloqueio de, ao todo, R$ 18,5 milhões das contas de financiadores dos atos golpistas de 8 de janeiro. A peça é assinada pelo juiz Francisco Alexandre Ribeiro, da 8ª Vara Federal.

Na última semana, a AGU pediu o acréscimo de R$ 12 milhões aos bloqueios já autorizados pela Justiça. O pedido considerou novo relatório de danos nos prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal, que aponta um custo de restauração de mais de R$ 18 milhões.

O valor inicial solicitado pela Advocacia-Geral da União à 8ª Vara Federal de Brasília era de R$ 6,5 milhões. No total, estão na mira da AGU 52 pessoas e 7 empresas que financiaram ônibus para o ato golpista de 8 de janeiro (veja a lista dos suspeitos).

No despacho, o juiz pede a retirada de quatro pessoas na lista de suspeitos por não terem relação com o financiamento e fretamento de pessoas aos ataques.

Sheila Ferrarini, mulher identificada como financiadora de transporte aos manifestantes antidemocráticos, foi incluída no inquérito por ordem do juiz.

"Ante o exposto, recebo o aditamento à petição inicial, a fim de não só aumentar o limite pecuniário do decreto de indisponibilidade (até o valor de R$ 18 milhões e meio), como também para estender seus efeitos à ré Sheila Ferrarini", escreveu Francisco Alexandre Ribeiro.

Segundo a AGU, os danos aos prédios dos Três Poderes estão estimados em:

  • Palácio do Planalto - R$ 7,9 milhões;
  • Supremo Tribunal Federal - R$ 5,9 milhões;
  • Congresso Nacional - R$ 6,5 milhões.

A conta não considera, no entanto, a restauração das obras de arte danificadas e presentes de chefes de Estado.