O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, seria um "infiltrado do bolsonarismo", na opinião da deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS).
Durante a edição das 18h do UOL News de hoje, a deputada disse que a taxa básica de juros em 13,75% é boa apenas para "alguns detentores de título da dívida".
"Os parasitas do sistema financeiro pegam empréstimo a juros quase negativo nos Estados Unidos, ou com taxa de juros baixa como agora, e vem aqui comprar titulo da divida para especular com uma alta taxa de juros que custa muito no orçamento publico, mais ainda ao trabalhador", criticou.
Para essa lógica do infiltrado do bolsonarismo, Campos Neto, e também infiltrado do sistema financeiro à frente do BC, é um negócio que é ganha ganha, enquanto para o trabalhador é perde perde."
Chamada 'autonomia' do BC é intervenção do mercado financeiro, diz deputada
A deputada também criticou a autonomia do Banco Central. Na opinião de Melchionna, a política econômica levada adiante "pelo infiltrado do bolsonarismo" é que a taxa de juros atual traz desemprego e faz o trabalhador pagar mais pelas dividas.
Bombig: Confusão com BC preocupa aliados de Lula mais ao centro
O colunista do UOL Alberto Bombig afirmou que as opiniões do presidente Lula contra a política de juros do Banco Central têm preocupado aliados da esquerda que tendem mais ao centro.
Segundo Bombig, Lula foi eleito em uma frente ampla e não demonstrava esse tipo de discurso mais à esquerda enquanto candidato, o que pode ter mudado por conta dos ataques em Brasília no dia 8 de janeiro. "É compreensível e aceitável se for por esse ponto."
Bombig disse ainda que Lula hoje acena mais à esquerda, mas não pode se esquecer que tem alguns aliados mais à direita, como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP).
Acredito que, se ele [Lula] continuar jogando mais água quente nessa fervura, não vai ser legal. Uma hora vai ter que aparecer alguém jogando água fria, parece que o Haddad está querendo fazer esse papel."
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