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Após pedido de Dallagnol, MP analisa denúncia contra ministra do Turismo

Ministra do Turismo, Daniela do Waguinho foi a deputada federal mais votada em 2022 no estado do Rio - Divulgação
Ministra do Turismo, Daniela do Waguinho foi a deputada federal mais votada em 2022 no estado do Rio Imagem: Divulgação

Do UOL, no Rio

07/02/2023 14h58Atualizada em 07/02/2023 22h50

A 2ª Promotoria Penal de Duque de Caxias (RJ) abriu um procedimento preliminar para analisar uma possível investigação do uso de gráficas que não funcionariam nos endereços declarados à Receita Federal pela campanha de Daniela do Waguinho (União Brasil).

Deputada federal mais votada em 2022 no estado do Rio, Daniela foi escolhida pelo presidente Lula para ser ministra do Turismo.

O procedimento, sob segredo de Justiça, foi aberto na última sexta-feira (3), após notícia-crime do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR). Ainda não há investigação formal aberta, segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público.

O ex-procurador da Lava Jato se baseou em reportagem publicada no mês passado pelo portal Metrópoles, que encontrou um coworking e um frigorífico nos locais registrados pelas duas empresas contratadas.

Ao todo, as gráficas sob suspeita receberam mais de R$ 1 milhão da campanha de Daniela.

Em nota, a assessoria de imprensa da ministra disse que "acredita na Justiça e que os fatos serão esclarecidos com a maior brevidade possível".

Daniela criticou Dallagnol:

O agora deputado federal Deltan Dallagnol parece ter importado o mesmo modus operandi questionável de sua atuação no Ministério Público ao tentar atribuir culpa a inocentes com base apenas em hipóteses".

Na sexta, o deputado federal classificou como "graves" as denúncias envolvendo a ministra.

Segundo o Metrópoles, no coworking onde funcionaria a Rubra Editora, a reportagem foi informada que o endereço recebia apenas correspondências e encomendas.

No frigorífico, local indicado para a Printing Mídia Ltda, vizinhos negaram que uma gráfica tenha funcionado no endereço.

O portal do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aponta a contratação de cerca de R$ 561 mil da Rubra Editora e R$ 530 mil da Printing Mídia.

Eleita com 213.706 votos, Daniela conquistou 114.345 deles no município comandado por seu marido, o prefeito de Belford Roxo (RJ) e presidente do União Brasil no RJ, Waguinho.

Errata: este conteúdo foi atualizado
O Ministério Público ainda não abriu uma investigação formal contra a ministra. O texto foi corrigido.