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Site: Ministra do Turismo teria contratado gráficas fantasmas em campanha

A deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ), atual ministra do Turismo -  Agência Câmara
A deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ), atual ministra do Turismo Imagem: Agência Câmara

Do UOL, em São Paulo

16/01/2023 09h04Atualizada em 16/01/2023 09h08

Uma reportagem do portal Metrópoles tentou localizar duas gráficas que prestaram serviços de campanha para Daniela do Waguinho — eleita a deputada federal mais votada do Rio de Janeiro —, mas encontrou um local de coworking e um frigorífico de carnes.

  • No coworking, onde funcionaria a Rubra Editora, a reportagem foi informada que o endereço recebia apenas correspondências e encomendas
  • No frigorífico, local indicado para a Printing Mídia Ltda, vizinhos negaram que uma gráfica tenha funcionado no endereço

O portal do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aponta a contratação de cerca de R$ 561 mil da Rubra Editora e R$ 530 mil da Printing Mídia.

  • Os valores pagos às gráficas, que compõem os dois maiores custos da campanha, totalizam R$ 1,092 milhão

Segundo a reportagem e registros de CNPJ das empresas, o dono de ambas gráficas é Filipe de Souza Pegado, que atuou como assessor no setor de contratos e convênios da Secretaria Municipal de Educação de Belford Roxo em 2021.

Belford Roxo é o curral eleitoral de Daniela e do esposo, Waguinho, prefeito reeleito do município em 2020.

O UOL procurou a ministra do Turismo e aguarda retorno. Também se busca o contato de Filipe de Souza Pegado para comentários a respeito das acusações.

Ministra se explica sobre relações com miliciano

Daniela do Waguinho já enfrenta uma crise de imagem no começo do governo: ela teve a campanha de 2018 apoiada pelo ex-PM Juracy Alves Prudêncio, o Jura, condenado por homicídio e apontado como chefe de uma milícia na Baixada Fluminense.

Jura também foi nomeado, em 2017, como assessor na Prefeitura de Belford Roxo, comandada pelo marido de Daniela.

Em sua defesa, a ministra afirmou que "apoio político não significa que ela compactue com qualquer apoiador que porventura tenha cometido algum ato ilícito".