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Afastado desde o 8/1, Ibaneis pede a Moraes para voltar ao governo do DF

Ibaneis Rocha - Ueslei Marcelino/Reuters
Ibaneis Rocha Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters

Pedro Vilas Boas

Colaboração para o UOL, em Salvador

09/02/2023 22h29Atualizada em 09/02/2023 22h56

A defesa do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), pediu hoje ao STF (Supremo Tribunal Federal) o "imediato retorno" do emedebista do cargo.

O pedido acontece horas depois da divulgação da perícia da PF (Polícia Federal) no celular de Ibaneis.

No pedido, a defesa de Ibaneis —liderada pelo advogado Alberto Toron— utiliza como argumento a determinação do ministro Alexandre de Moraes em soltar ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, Fábio Augusto Vieira.

O magistrado citou o relatório da intervenção federal, que apontou que Vieira, embora exercesse o cargo de chefe da PM, "não teria sido diretamente responsável pela falha das ações de segurança".

Ora, se para quem está diretamente na chefia da tropa esta lhe falta, com maior razão de ser não se pode dizer que o governador, que está mais distante da tropa, se omitiu no comando desta."
Defesa de Ibaneis Rocha

O documento também cita o relatório da PF sobre Ibaneis não ter atuado a favor dos atos golpistas do dia 8 de janeiro.

A conclusão da perícia sobre as mensagens no celular de Ibaneis é de que o emedebista não contribuiu em prol das manifestações. Porém, as mensagens mostram que o governador afastado minimizou a dimensão dos atos.

"Já estamos mobilizados. Não teremos problemas", escreveu Ibaneis para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). Segundo Pacheco, a polícia do Senado estava apreensiva com a possibilidade de "mobilização em invasão ao Congresso", o que de fato aconteceu no dia seguinte.

Em outra perícia, sobre o celular de Fernando Sousa, então secretário executivo da Segurança do Distrito Federal, há mensagens que mostram que a PM também não acreditava, inicialmente, em ameaças, indicando que estava acostumada a atuar em "eventos de manifestações na Esplanada dos Ministérios", diz relatório da PF.