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Madeleine: Linguagem neutra é protesto interessante, mas é excludente

Colaboração para o UOL, em São Paulo

10/02/2023 13h09

A colunista do UOL Madeleine Lacsko disse no UOL News que entende a linguagem neutra como um protesto interessante, mas que seria, segunda ela, elitista e excludente.

O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria para derrubar uma lei de Rondônia que proíbe o uso de linguagem neutra na grade curricular de ensino, no material didático e em concursos públicos.

Em 2021, a França fez uma decisão, conjunta do Ministério da Educação e da Academia Francesa, que existe no país desde 1600 e é destinada a cuidar da língua francesa e do avanço da língua. Tanto o ministério quanto a Academia proibiram o uso do que a elite urbana condicionou chamar de linguagem neutra nas escolas. E por qual motivo? Porque é elitista, excludente e contraproducente com todos os avanços de inclusão linguística feitos pelo país".

Gosto da linguagem neutra como protesto. É um protesto interessante discutir a sexualidade e inclusão".

Na avaliação da colunista, a linguagem neutra é uma "imposição" da elite, por isso é excludente.

Se uma pequena elite inventa alguma coisa, diz que é inclusiva, não comprova que é, passa a defender isso e vira moda, muita gente começa a aceitar como inclusiva".

É uma questão que poderia ser discutida com seriedade, racionalidade, separando o que é arte, o que é provocação social, o que é escola e o que é inclusão real. Infelizmente, como a gente é esculhambado, elitista e sanguíneo, isso não é feito dessa forma. Não há nenhuma comprovação de que esse tipo de linguagem inclua, mas há comprovação de que exclua".

Bombig: Fala de Gleisi sobre União Brasil pressiona partido e acena para Republicanos e PP

O colunista Alberto Bombig comentou durante o programa que a presidente nacional do PT Gleisi Hoffmann fez acenos para Republicanos e PP após falar que o partido não vai mais ceder espaço no governo e defender ajustes no acordo com o União Brasil.

A Gleisi está fazendo um gesto duplo: por um lado, ela pressiona o União Brasil, pois pegar três ministérios e falar que é independente não vai funcionar; por outro lado, ela acena para Republicanos, PP e até PL, dizendo assim: 'Se o União Brasil não entrar na linha com a gente, podemos dar essas vagas para vocês'".

Caso de RR é mais um emparelhamento do Estado para operações criminosas, diz Madeleine Lacsko

Madeleine comentou o fato de Vanda Garcia de Almeida, irmã do governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), ser alvo de uma operação da PF.

Não duvido que se achem outros parentes de diversos políticos envolvidos. Esses esquemas criminosos se formam longe do olho da imprensa, isso não se forma no Rio, São Paulo e Brasília, forma onde não se tem essa imprensa tão vigilante. A coisa só estoura quando se chega nesse tamanho, quando você vê o aparelhamento do estado para operações criminosas que estão colocando a vida de pessoas em risco".

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