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PRF não multou Bolsonaro por motociatas sem capacete: 'Via fechada'

Em foto de junho de 2022, Bolsonaro faz motociata em Manaus - STRINGER/REUTERS
Em foto de junho de 2022, Bolsonaro faz motociata em Manaus Imagem: STRINGER/REUTERS

Do UOL, em São Paulo

28/02/2023 11h04Atualizada em 28/02/2023 11h19

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) disse não ter multado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por andar de moto sem capacete em rodovias federais porque, no caso das motociatas, a via estava fechada para a circulação regular de veículos.

A resposta da corporação foi obtida pela agência de dados Fiquem Sabendo por meio de um pedido à LAI (Lei de Acesso à Informação).

A PRF afirmou que Bolsonaro não era "isento" de utilizar capacete por ser presidente na época. Porém, as motociatas realizadas em rodovias federais tratavam-se de um "evento presidencial, previamente informado à autoridade de trânsito" e com acompanhamento de agentes, argumentou.

A corporação citou outros exemplos que também abarcam a isenção da utilização de equipamentos de segurança, como:

  • A posse presidencial
  • A romaria do Círio de Nazaré, quando motociclistas não usam capacete
  • O transporte do Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude de 2023, no Rio de Janeiro
  • Desfile de times de futebol e seleção brasileira após ganharem algum campeonato

Motociatas custaram cerca de R$ 100 mil cada

Os gastos de Bolsonaro no cartão corporativo apontam que, em média, cada motociata custou cerca de R$ 100 mil aos cofres públicos.

As motociatas realizadas em diversas cidades eram acompanhadas por até 300 militares por passeio.

  • As despesas incluem de hospedagens a alimentação;
  • Esse tipo de evento exigia a presença de policiais militares, tropa de choque, socorristas e agentes do Exército para dar o suporte necessário.
  • Quando esteve no governo, Bolsonaro costumava dizer que não utilizava o cartão corporativo.