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Cabral abre conta no Instagram e faz indicação de literatura antirracista

07.mar.2023 - Sérgio Cabral  - Reprodução/Instagram
07.mar.2023 - Sérgio Cabral Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, no Rio

07/03/2023 19h16Atualizada em 07/03/2023 19h42

Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, abriu uma conta no Instagram na segunda (6). Em 24 horas, somou mais de 6 mil seguidores, com postagens dividindo parte de sua rotina na academia e dicas de leitura.

No vídeo mais recente, conta que conheceu e se encantou com livros de autores pretos durante os seis anos em que esteve preso —e cita Conceição Evaristo, Djamila Ribeiro, Itamar Vieira Junior, Jeferson Tenório e Carolina Maria de Jesus.

Nomes que me impressionaram demais pela qualidade da sua literatura, pela afirmação da posição do antirracismo e pela qualidade da denúncia do racismo no Brasil. Sem jargões, sem discurso fácil, mas com uma qualidade de texto incrível."

Antes, para "inaugurar" o perfil, ele publicou um vídeo de pouco mais de um minuto agradecendo a Deus e à família pelo suporte no período da prisão.

Na primeira gravação, Cabral aproveitou para apresentar o conteúdo que deve ser produzido: "Dividir com vocês mais de 30 anos de vida pública e seis anos de prisão, a minha experiência, minhas memórias, minhas opiniões, minhas ideias, minhas vivências".

Nos stories, o ex-governador já separou espaço para publicar fotos com a família, dicas de livros e músicas.

O "destaque" mais abastecido até agora, contudo, é o "Na Mídia", que reúne as entrevistas dadas pelo ex-governador após a saída da prisão.

Por que Cabral foi preso?

  • O ex-governador responde a 42 processos com penas que podem passar de 392 anos de prisão.
  • A pena máxima de reclusão no Brasil passou para 40 anos após aprovação da Lei Anticrime, de 2019.
  • Ele teria recebido R$ 2,7 milhões em propina de executivos da empreiteira Andrade Gutierrez, segundo investigação.
  • Foi essa investigação que gerou um dos mandados de prisão que o colocou na cadeia em 2016.
  • Ele foi colocado em prisão domiciliar em dezembro de 2022.

No dia 9 de fevereiro deste ano, a Justiça concedeu liberdade ao ex-governador, que cumpre medidas cautelares: obrigatoriedade de uso de tornozeleira eletrônica, apresentação mensal à Justiça, entrega de passaporte e proibição de sair do país.