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Procurador critica estabilidade de servidores: 'comissionado não adoece'

Do UOL, em São Paulo

09/03/2023 14h33Atualizada em 09/03/2023 14h38

Um procurador do Tocantins causou polêmica após criticar a estabilidade do serviço público durante uma sessão do Colégio de Procuradores da Justiça do Ministério Público do Estado.

O que aconteceu?

  • Marco Antônio Alves Bezerra falou que "gostava muito" de cargos comissionados porque "o comissionado não adoece"
  • Ele falou sobre o assunto na 173ª sessão na segunda-feira (6), durante sessão com colegas
  • Ele disse que tinha feito um "levantamento que comprovava a opinião" ao ser questionado por colegas de mesa

Eu mostro para você o levantamento que tenho no meu gabinete. Mostro para você que o comissionado não adoece como o efetivo. Cheguei à conclusão que a estabilidade é insalubre.
Procurador Marco Antônio Alves Bezerra

O Sisepe (Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins) emitiu uma nota de repúdio após as falas do procurador, que é servidor público e tem estabilidade.

Ao indicar que os servidores efetivos poderiam estar inventando doenças para trabalhar menos, o procurador age com profunda falta de respeito, desconhecimento e pouca consideração com as milhares de pessoas que todos os dias fazem o nosso querido Tocantins progredir através do esforço empenhado no serviço público
Sisepe, em nota publicada nas redes

O órgão também afirmou que a estabilidade e a efetividade "são bens fundamentais para o bom funcionamento do poder público".

O MP-TO e o procurador Marco Antônio Alves Bezerra foram procurados pelo UOL. Nenhum dos dois respondeu até o momento.