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Deputada acusada de organizar ônibus para 8/1 acompanhou soltura de presas

A deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT) visita mulheres presas após o 8/1 que foram soltas após decisão de Alexandre de Moraes, do STF - Leonardo Martins/UOL
A deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT) visita mulheres presas após o 8/1 que foram soltas após decisão de Alexandre de Moraes, do STF Imagem: Leonardo Martins/UOL

Do UOL, em Brasília

16/03/2023 12h41Atualizada em 16/03/2023 12h41

A deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT), acusada de ter organizado caravana de ônibus para o ato golpista de 8 de janeiro, esteve na porta do Cime (Centro Integrado de Monitoração Eletrônica) para recepcionar a soltura de mulheres presas por envolvimento no ato.

Uma das pessoas detidas pela Polícia Federal afirmou em depoimento que a parlamentar e outros dois candidatos organizaram ônibus que saiu de Mato Grosso para Brasília, conforme revelou o colunista do UOL Aguirre Talento. Ela e os outros dois candidatos negam envolvimento no fretamento das caravanas.

No Cime, as mulheres presas colocaram tornozeleira eletrônica para serem liberadas. O UOL esteve na porta do local para registrar a saída das mulheres detidas do presídio da Colmeia e viu a parlamentar no local nos dias 8 e 9 de março.

No dia 9, ela chegou a aparecer em um vídeo gravado junto ao deputado federal Marcos Pollon (PL-MS).

Conforme revelou Talento, Gizela Cristina Bohrer, 60, que foi detida em janeiro, relatou à PF ter chegado a Brasília no sábado, véspera do ato que resultou na destruição das sedes dos três Poderes.

No depoimento, ela disse ter embarcado em um ônibus gratuito e que a caravana foi organizada pela deputada federal Coronel Fernanda, pela candidata a deputada federal Analady Carneiro da Silva (PTB-MT), que não se elegeu, e pelo candidato a deputado estadual Rafael Yonekubo (PTB-MT), que ficou como suplente.

Procurada pelo colunista, a deputada Coronel Fernanda negou ter organizado ônibus para o ato do 8 de janeiro e disse que estava em Mato Grosso nessa data. "Em anos anteriores, quando tivemos aqueles primeiros movimentos, como o do 7 de setembro, todos nós ajudamos, mas, em 2023, não. Não tenho participação e nem sei quem é essa pessoa que está falando", afirmou.