Em meio a debate fiscal no Planalto, Gleisi prega 'política expansionista'
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, pregou o aumento dos investimentos públicos após a após o governo prever redução do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano.
O que ela disse:
- Gleisi disse que "precisamos então aumentar os investimentos públicos e não represar nenhuma aplicação no social".
- Para ela, em momentos de desaceleração, "a política fiscal tem de ser contracíclica, expansionista".
Como foi a previsão do governo?
- Ontem (17), o governo revisou as suas previsões para a economia, com desaceleração do PIB e aumento da inflação.
- Estimativa do PIB é de alta de 1,61% em 2023. A expectativa anterior era de que a economia brasileira avançasse 2,1% no ano. O resultado representaria uma desaceleração, já que em 2022, houve crescimento de 2,9%.
- Para 2024, a projeção do governo para a alta do PIB passou de 2,50% para 2,34%. Para 2025, a estimativa subiu de 2,50% para 2,76%.
- Inflação é revisada para cima. O Ministério da Fazenda espera que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumule 5,31% ao longo deste ano. Antes, a previsão era de 4,6%. No ano passado, a inflação oficial foi de 5,79%.
- Mais um ano de inflação acima da meta. O Banco Central definiu o centro da meta da inflação para 2023 em 3,25%, com intervalo de tolerância entre 1,75% e 4,75%. Com o IPCA em alta, em tese, há menos espaço para reduzir a taxa de juros.
- Inflação dentro da meta só em 2025. A expectativa é que o IPCA só fique em 3% --o objetivo do Banco Central-- daqui a dois anos. Em 2024, a projeção foi revisada de 3,52% para 3%.
- Essas são as primeiras previsões do governo Lula. Os números foram divulgados no primeiro boletim macrofiscal da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. O relatório sai a cada dois meses.
O que é arcabouço fiscal?
A postagem também se dá em meio ao debate do governo Lula sobre as novas regras de controle de gastos públicos, chamadas também de "arcabouço fiscal" ou "âncora fiscal", que substitui o teto de gastos.
Ontem, o presidente se reuniu com a equipe econômica, incluindo os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), quando lhe foi apresentada a nova proposta.
Ele deverá analisar neste final de semana e divulgar a proposta a ser enviada ao Congresso ainda nos próximos dias, antes de viajar para a China, na sexta (24).
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