Após caso Nikolas, Rui Falcão diz que CCJ não deve ser pautada por lacração
O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania) da Câmara dos Deputados, Rui Falcão (PT), comentou durante sua participação no UOL News desta segunda-feira (3) sobre como pretende conduzir a comissão. Segundo ele, a CCJ deve ser pautada por um debate de ideias, não de "lacração".
Eu tenho procurado na condução da CCJ ponderar que essa comissão, que é a mais importante da Câmara, seja pautada por um debate de ideias e não por troca de acusações nem lacração. Infelizmente há deputados que procuram, alguns até por monetização aparentemente, criar esse clima polêmico de troca de acusações".
Rui Falcão ainda comentou o caso do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que foi chamado de "Chupetinha" pelo também deputado federal André Janones (Avante-MG).
Houve uma tentativa de colocar na minha boca algo que não falei. Era visível que a voz não era minha, meu microfone estava desligado e alguns sites e jornais chegaram, de forma leviana, me acusando de usar aquela expressão homofóbica e transfóbica. No dia seguinte, o Janones assumiu a própria autoria".
Rui Falcão nega 'toma lá dá cá' no Congresso: 'participa do governo quem ajuda a governar'
O deputado federal foi questionado a respeito da pesquisa Datafolha que aponta que 61% acham que Lula age mal com toma lá da cá. Para responder a questão, Rui Falcão afirmou que a relação de Lula com o Congresso é bem diferente da mantida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O que existe é uma participação no governo daqueles que nos ajudam. Isso é natural em qualquer democracia. Mantidos os programas de governo e pessoas com reputação ilibada e adequadas à função que exercem, eu não vejo problema na participação de aliados no nosso governo".
Ele ainda afirmou que a maior parte das reclamações se deve por haver "muitos petistas" em cargos no governo.
Se fala muito que há mais ministérios, mais cargos principais com o PT. Então, a participação de outros aliados se dá dentro desse critério e, portanto, totalmente diferente daquilo que ocorreu no governo do inominável".
Sakamoto: Lula não vai conseguir base que precisa mesmo com a distribuição de cargos
O colunista do UOL Leonardo Sakamoto também comentou a respeito do toma lá da cá em sua participação no UOL News. Segundo Sakamoto, "mesmo com a distribuição de cargos, Lula não vai conseguir a base que precisa".
Vai ter que, caso a caso, nesse início atuar no varejo, liberar recursos, liberar algumas posições que detenham a chave do cofre. Vai ser complicado".
De acordo com o colunista, essa dificuldade está ligada a como o governo Jair Bolsonaro lidou com as relações com o Câmara dos Deputados.
O grande problema é que pós-Bolsonaro, na hora que a Câmara dos Deputados viu que consegue tirar do governo federal dinheiro diretamente para distribuir para suas bases importantes para se reeleger, fazer seu caixa dois através de orçamento secreto, bancar seus cavalos como alguns ministros, ela percebeu que você não precisa de cargos ou que você, mesmo com cargo, consegue pressionar o governo para atuar na liberação de recursos".
"O que acontece é que mesmo essa distribuição de cargos que a população critica, ela na verdade, para o Lula, vai servir parcialmente", completou.
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