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MST diz que 'ocupar terras vem de necessidade': 'Não queremos guerra'

Manifestantes do MST ocupam sede do Incra em Maceió (AL) - 10.abr.2023 - Mykesio Max/MST
Manifestantes do MST ocupam sede do Incra em Maceió (AL) Imagem: 10.abr.2023 - Mykesio Max/MST

Do UOL, em São Paulo

11/04/2023 21h03Atualizada em 11/04/2023 21h10

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) afirmou hoje que planeja mobilizações e, "eventualmente", ocupações para este mês, motivadas pelo Abril Vermelho.

O que aconteceu:

"Não há nenhuma nova jornada de ocupação de terras sendo feita no país", afirmou hoje João Paulo Rodrigues, coordenador nacional do MST.

A militância nos estados pode "decidir por ocupar um latifúndio que está abandonado [...] para fazer alguma denúncia", disse, ressaltando que isso ocorreria "eventualmente".

O movimento focará ações em marchas, atos políticos, assembleias em frente às sedes do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), além de denunciar casos de trabalho análogo à escravidão.

Ocupar terras não vem de vontade, mas de necessidade. Não queremos guerra, queremos terra para trabalhar."
João Paulo Rodrigues, coordenador nacional do MST

Trocas no Incra

A fala vem após ocupações recentes do MST, como em uma fazenda da empresa Suzano, na Bahia, e na sede do Incra, em Alagoas.

João Paulo afirmou que, no caso do Incra em Alagoas, a ocupação foi para pedir a saída do atual superintendente, César Lira, uma "figura violenta".

O MST reivindica ainda a mudança de outros 10 superintendentes do Incra pelo país, que seriam ligados ao bolsonarismo, afirmou o coordenador.

O Abril Vermelho é uma iniciativa de mobilização anual do MST para relembrar o Massacre de Eldorado do Carajás, ocorrido em 17 de abril de 1996. A data foi transformada no Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária.