Rosa marca julgamento no STF de 1ª leva de denunciados por atos golpistas
A ministra Rosa Weber, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), marcou a primeira leva de julgamentos de denunciados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro. A sessão será realizada no plenário virtual do STF entre os dias 18 a 24 de abril.
Como será o julgamento?
Ao todo, serão avaliadas denúncias contra um grupo de cem pessoas acusadas de participação nos atos de vandalismo que culminaram na depredação das sedes dos Três Poderes.
Se a denúncia for aceita pelos ministros do Supremo, os acusados se tornarão réus e responderão a ações penais.
O julgamento pode ser suspenso caso algum ministro peça vista (mais tempo de análise) ou destaque, mecanismo que leva a discussão para as sessões presenciais. Uma discussão no plenário presencial, porém, poderia ter o condão de travar a pauta de julgamentos da Corte.
As denúncias foram apresentadas pela Procuradoria-Geral da República, que criou um grupo de trabalho liderado pelo subprocurador Carlos Frederico Santos. A primeira leva de denúncias mirou os classificados como "incitadores" e "executores" do ato golpista — ou seja, pessoas que invadiram o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso e do STF.
O grupo é acusado dos seguintes crimes:
associação criminosa armada;
abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
golpe de Estado;
dano qualificado contra o patrimônio da União;
deterioração de patrimônio tombado.
PGR denunciou mais de mil pessoas desde janeiro
Na semana passada, a Procuradoria encerrou a análise da situação dos presos durante os ataques e em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília, com a denúncia de mais 203 pessoas por incitação aos atos.
Ao todo, 1390 pessoas foram denunciadas nas investigações, que agora miram financiadores e agentes públicos.
Total de incitadores: no total, a PGR já apresentou 1.150 denúncias por incitação aos atos golpistas;
Executores: ainda há 239 denúncias sobre pessoas que teriam executado os atos golpistas;
Omissão: uma pessoa denunciada por suposta omissão de agentes públicos;
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