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CPI: Lira será fiel da balança para definir nome na Câmara, diz Vieira

Colaboração para o UOL, em São Paulo

26/04/2023 19h32Atualizada em 26/04/2023 20h48

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), será o fiel da balança para definir o principal nome da Casa na CPMI, com o Senado, que vai investigar os atos golpistas de 8 de janeiro, na avaliação do senador Alessandro Vieira (PSDB-SE).

No senado, os dois maiores blocos são vinculados, ou alinhados, com o governo. Não há duvida que, seja a presidência ou a relatoria, será ocupada por um senador ou uma senadora vinculada ao governo. Já na Câmara dos Deputados você tem dois blocos de grande proporção, o maior deles vinculado ao presidente Arthur Lira. Eu diria que Lira vai ser o fiel da balança para definir o principal nome da câmara dos Deputados e o governo o principal nome aqui no senado.
Alessandro Vieira, senador, ao UOL News

Vieira também afirmou que não será surpresa se nomes diferentes do que têm sido ventilados sejam nomeados para manter um clima mais sereno nas discussões.

Tudo o que o Brasil não precisa é de uma discussão paroquial contaminado um debate que é muito sério. Estamos falando de uma tentativa de golpe de estado, as coisas têm que ser tratadas com essa relevância, com essa seriedade."
Alessandro Vieira, senador, ao UOL News

Sakamoto: Bolsonaro usa 'foi mal, tava doidão' para salvar a pele do filho Carluxo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em depoimento à Polícia Federal que as postagens em suas redes sociais após os atos golpistas de 8 de janeiro foram feitas em um momento em que ele estava sob efeito de remédios. Para o colunista do UOL Leonardo Sakamoto a intenção de Bolsonaro era proteger o filho, Carlos Bolsonaro.

Bolsonaro usou o foi mal, tava doidão para tentar livrar a pele do filho Carluxo, o filho Carlos Bolsonaro, vereador federal do Brasil, o filho 02, segundo filho do presidente da república e que é o estrategista das redes sociais."
Leonardo Sakamoto

Segundo Sakamoto, desde a postagem, aliados do presidente apontam que Carlos Bolsonaro cometeu um erro.

Desde essa postagem, no dia 10 de janeiro, os aliados do ex-presidente falavam que foi um erro crasso de Carlos Bolsonaro, que até então estava postando nas redes, mas tentando evitar publicações que vinculassem Bolsonaro ao fomento da tentativa de golpe de estado de 8 de janeiro."
Leonardo Sakamoto

Sakamoto: Militares exonerados do GSI iriam oferecer água para inimigos se Brasil fosse invadido?

Leonardo Sakamoto criticou os servidores do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) que aparecem ajudando golpistas nas imagens divulgadas do dia 8 de janeiro. Sakamoto questionou qual seria a atitude daqueles militares caso o Brasil fosse invadido.

É bonito ficar defendendo a república no WhatsApp, nas redes sociais. Agora, bater de frente com golpista, o que aconteceria se o Brasil fosse invadido? Esse pessoal ia fugir, ia distribuir água para o invasor inimigo falando "estou tentando acalmá-los"? Ia fazer isso, de verdade? Pelo amor de Deus, tenham vergonha na cara."
Leonardo Sakamoto

Sakamoto ainda elogiou outros militares que estavam na Praça dos Três Poderes tentando conter as invasões.

Enquanto isso você vai pegar na frente da praça dos três poderes, no palácio do palato, você tinha militares, policiais militares que estavam indo para frente, tentando conter de forma heroica tudo aquilo que acontecia."
Leonardo Sakamoto

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