Ao analisar a criação da CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro, o jornalista Fernando Molica vê uma tentativa dos apoiadores de Jair Bolsonaro em subverter a lógica ao reescrever a história e tentar dividir a culpa pela invasão às sedes dos Três Poderes.
A criação da CPI, estimulada pelos bolsonaristas, é uma tentativa de dividir um pouco a responsabilidade. O que aconteceu [em 8/1] está óbvio. A oposição está querendo fazer um VAR quase caricatural para tentar diminuir a própria responsabilidade daqueles atos. Isso não vai colar. Fernando Molica, jornalista
Em participação no UOL News, Molica destacou que toda CPI se trata de um jogo político. No caso das investigações sobre o 8 de janeiro, o jornalista reforçou que o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) ganha ainda mais relevância dentro do governo.
Essa CPI já começa com um vencedor: Arthur Lira. Em tese, o governo terá maioria. Uma parte usará a CPI para conquistar vantagens dentro do jogo congressual. Agora é jogo político. Todas as CPIs são políticas. Fernando Molica, jornalista
Josias: Bolsonarismo tenta dividir lama ao falar em chamar Lula para CPI
Josias de Souza classificou como "bobagem" e disse "não fazer o menor sentido" o desejo dos parlamentares bolsonaristas em convocar Lula para depor na CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro. O colunista destacou que o presidente poderia ter contido o discurso dos opositores se agisse antes para contornar o caso do general Gonçalves Dias, ex-GSI.
Isso é uma bobagem e não faz o menor sentido. Bolsonaro, sim, tem que ser convocado. Ele e o bolsonarismo estão na lama; o que puderem respingar no Lula e no governo, eles vão fazer. A CPI serve para isso: jogar na confusão. De útil para o país não há nada aí. Na prática, está se tentando arrombar portas que já foram abertas. É uma tentativa do bolsonarismo de dividir a lama. Josias de Souza, colunista do UOL
Josias: Rachadinha em pesquisa na Uerj fica mais malcheirosa com explicações precárias
Josias de Souza criticou a falta de respostas contundentes da Uerj para a apuração do escândalo de um esquema de rachadinha na véspera da campanha eleitoral, revelado com exclusividade pelo UOL. O colunista cobrou explicações do governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro (PL) sobre o episódio.
A julgar pela aparência malcheirosa, em certos projetos de pesquisa da Uerj a ciência é uma ficção científica em que a única fronteira com a imaginação é a realidade do assalto ao bolso do contribuinte. O que mais espanta é a reação da universidade, que se limitou a declarar que essas novas denúncias 'serão investigadas por uma comissão permanente'. Em um ambiente assim, os desvios na Uerj tendem a ser tão perenes quanto a comissão permanente de apuração. Josias de Souza, colunista do UOL
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