Euforia, silêncio e militância: as reações do público em ato com Lula
A reação do público oscilou entre a euforia e o silêncio para ouvir o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no ato de 1º de Maio no começo da tarde de hoje, no centro de São Paulo.
Como o público reagiu
Quando o presidente foi anunciado para falar, o público começou a entoar coros. "Lula, guerreiro, do povo brasileiro", gritavam alguns dos militantes. "Olê, olê, olê, olá! Lula, Lula!", gritavam outros em meio ao discurso.
As pessoas na frente do gradil pediam aos repórteres para que registrassem imagens mais próximas de Lula. Foi o caso do ajudante de pedreiro Elissandro Daltro dos Santos, 40, que disse ter saído da casa onde mora a pé até o centro de São Paulo para ver Lula de perto.
Essas imagens mais perto do Lula vão ficar para a lembrança. Vou mostrar para os meus filhos e guardar pra sempre na minha memória. É o dia do nosso trabalhador com o Lula na presidência.
Elissandro Daltro dos Santos, ajudante de pedreiro
Quando o petista começou a falar, a euforia deu lugar ao silêncio. A calmaria era interrompida por gritos quando Lula discursava sobre pautas como combate à fome, igualdade para as mulheres, saúde e educação.
A esteticista Janete Goulart, 52, erguia uma bandeira com as cores do movimento LGBTQIA+. "Representa os meus filhos. Para que eles tenham liberdade para ir e vir pregando o amor", disse.
Ela estava com a filha Vitória Goulart, 25, que exibia outra faixa com o nome de uma mulher transexual assassinada na última terça-feira. "A gente quer justiça e precisava ouvir palavras assim, que dessem esperança e que despertassem na gente a vontade de viver", disse.
Representante de um movimento de luta pela moradia de Taboão da Serra (SP), a psicóloga Telma Pinho, 46, disse que irá voltar para casa feliz com o que ouviu. "O posicionamento do Lula na luta pela moradia faz toda a diferença, porque ficamos em retrocesso por quatro anos".
A cabeleira Evanilde Vieira, 65, erguia um boneco do Lula enquanto ouvia o presidente. "Tenho esse boneco do 'Lulinha mascote' desde 2018, quando me rebelei contra a igreja que eu frequentava e entrei para a militância para desmentir fake news. Hoje, temos um presidente do povo, que tem um olhar para os excluídos. Nós estávamos abandonados", diz.
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