Zambelli passa meta de vaquinha e fala em doar ou 'guardar para processos'

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) disse ter arrecadado mais de R$ 168 mil em uma vaquinha feita para pagar por condenações que ela sofreu na Justiça.

O que aconteceu?

O dinheiro doado bateu a meta de R$ 100 mil, e a parlamentar questionou o que fazer com as sobras do dinheiro. "Podemos fazer duas coisas: 1. doar para alguma instituição; 2. guardar para os processos que estão para serem julgados", escreveu em uma postagem.

Ela ainda disse que irá prestar contas conforme pagar os processos. A deputada pediu que seus seguidores deem sua opinião por e-mail.

Por que Zambelli fez vaquinha?

Deputada disse que estava sendo "perseguida" pela Justiça. "Eles estão realmente me perseguindo judicialmente. Só esse mês eu paguei um [indenização] de R$ 39 mil, que peguei empréstimo para poder pagar."

Tenho um processo do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] de R$ 30 mil e outros 20 processos de R$ 25 mil a 30 mil e que provavelmente eu vou perder vários deles porque são processos em que eu ataquei o Lula"
Carla Zambelli em vídeo aos seguidores

Histórico de fake news e processos

Uma das deputadas federais mais votadas do Brasil, Carla Zambelli é considerada uma das parlamentares mais ativas do bolsonarismo e protagonizou um escândalo no período eleitoral: uma perseguição armada a um homem em São Paulo um dia antes do 2º turno das eleições.

Zambelli ficou três meses com as redes sociais bloqueadas após publicar reiteradamente conteúdo falso sobre o processo eleitoral. Na decisão que liberou a retomada das contas, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, alertou para multa diária de R$ 20 mil caso as publicações voltassem a acontecer.

Xuxa, Tom Zé: famosos também processaram deputada. Além de processos na Justiça Eleitoral, Zambelli já foi levada à responder na justiça por ofender Xuxa —a deputada ganhou a ação; em outro caso, ela foi condenada em primeira instância a pagar indenizações no total de R$ 65 mil para os músicos Tom Zé e Zé Miguel Wisnik, além de duas empresas, por usar a música "Xiquexique" em um vídeo tentando provar que Jair Bolsonaro tinha apoio das regiões Norte e Nordeste.