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Bolsonaro justifica gastos pessoais de Michelle: 'Absorvente, manicure'

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

18/05/2023 18h30Atualizada em 18/05/2023 20h39

O ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou hoje uma justificativa para os gastos de sua esposa, Michelle Bolsonaro, pagos em dinheiro vivo e revelados pelo UOL.

O que aconteceu:

As compras seriam de itens como "absorvente, uma roupinha para a filha, manicure, cabeleireiro", disse Bolsonaro ao conversar com a imprensa em Brasília.

Michelle teria os comprovantes das compras pessoais de todos os anos do mandato do marido, segundo ele. "Ela tem quatro calhamaços de notas fiscais de todas as contas pessoais feitas por nós, em 2019, 2020, 2021 e 2022", afirmou.

"Me parece que a própria Polícia Federal viu [as notas fiscais] para ter certeza", disse o ex-presidente ao fazer menção à investigação sobre os gastos.

Michele teria apresentado os comprovantes a uma revista durante uma entrevista que, segundo Bolsonaro, "vai ser mostrado [...] no fim de semana".

Bolsonaro também se queixou das acusações que recaem sobre Michelle. "Quando mexe com um familiar, minha esposa, no caso, é um negócio muito pessoal".

Quando mexe com familiar, minha esposa, no caso, é um negócio muito pessoal. Ela deu uma entrevista muito grande, [para] uma revista muito grande, que vai ser mostrado aqui o que ela falou, no fim de semana. Ela até desconhecia, uma organização enorme o [inaudível] dela. Ela tem quatro calhamaços de notas fiscais de todas as contas pessoais feitas por nós em 2019, 2020, 2021 e 2022. Me parece que a própria Polícia Federal viu para ter certeza. Só que as compras dela é (sic) absorvente, uma roupinha para filha, manicure, cabeleireiro."
Jair Bolsonaro

Denúncias contra Michelle

No final de semana, o colunista Aguirre Talento, do UOL, revelou áudios obtidos pela PF mostrando que despesas da primeira-dama eram pagas em dinheiro vivo.

A defesa de Bolsonaro descartou irregularidades e afirmou que os pagamentos eram reembolsos à amiga Rosimary Cardoso Cordeiro. Michelle usava o cartão de Rosimary porque não teria limite de "crédito" em seu nome, afirmaram os advogados.

Além disso, eles sustentaram que o cartão evitaria "constrangimentos", ao invés de utilizar um cartão em nome de Bolsonaro. "Meu marido sempre foi muito pão-duro", disse Michelle a Fábio Wajngarten, advogado e assessor de Bolsonaro.

Como funcionava: a dona Michelle fazia pequenas compras e reembolsava mês a mês a Rosemary. Quando chegava a fatura, a Rosemary dizia: 'o cartão adicional deu mil, dois mil, 300, 800..."
Fabio Wajngarten, advogado de Bolsonaro