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Ministros defendem Vini Jr.: 'Racismo não dá sossego', diz Anielle

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, reagiu ao episódio de racismo sofrido pelo jogador Vinícius Júnior - Marcelo Camargo/Agência Brasil
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, reagiu ao episódio de racismo sofrido pelo jogador Vinícius Júnior Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

21/05/2023 18h10

Os ministros do governo Lula (PT) saíram em defesa do jogador brasileiro Vinícius Júnior, alvo de racismo hoje durante Valencia x Real Madrid.

O que aconteceu:

Nas redes sociais, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, comentou o caso e disse que o racismo não dá sossego. "Mais uma vez vítima de agressões racistas. Independente de brilhar como Vini brilha, o racismo não dá sossego. Vamos trabalhar para superar todo o odioso racismo que jogadores brasileiros ainda sofrem dentro e fora dos campos e das quadras".

Flávio Dino, ministro da Justiça também prestou solidariedade ao jogador e lamentou o episódio de racismo, na Espanha. "Isso é deplorável, inaceitável e deve ter consequências", publicou o ministro do governo Lula (PT).

Já o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Lula, Paulo Pimenta, afirmou que o episódio sofrido por Vinícius Júnior é "inaceitável". Ele cobrou a responsabilização dos culpados. "Não há espaço para racismo no futebol. Toda minha solidariedade pra ti".

"A postura das autoridades espanholas e das entidades que gerem o futebol é criminosa", publicou o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Para ele, o caso revela a "inegável conivência com o racismo". "Deixo o meu abraço em @vinijr e a certeza de que estarei a seu lado na luta pela responsabilização dos que o atacam, mas também dos que se omitem", escreveu o ministro.

Também nas redes sociais, o Ministério da Igualdade Racial esclareceu que vai notificar as autoridades espanholas e a La Liga. "O governo brasileiro não tolerará racismo nem aqui nem fora do Brasil", diz trecho de publicação.

Entenda

Torcedores do Valencia começaram a gritar "mono" ("macaco" em espanhol) nos momentos em que o brasileiro esteve perto da lateral. O jogo estava nos 15 minutos do segundo tempo.

Cerca de dez minutos após o início dos gritos, o árbitro paralisou a partida depois que os torcedores repetiram o gesto.

O jogo foi interrompido por aproximadamente cinco minutos, e foi necessário que o locutor do estádio pedisse para que os torcedores parassem por risco da partida ser encerrada.

Vinicius Junior começou a discutir com os torcedores do Valencia, e o técnico Carlo Ancelotti chamou o brasileiro no banco de reservas pedindo que ele se acalmasse.

O brasileiro foi expulso após a reação. A partida foi reiniciada pelo árbitro e o Real Madrid perdeu por 1 a 0.