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Cotado para presidir CPI do 8/1 não descarta convocação de parlamentares

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados - Deputado Arthur Maia é principal nome para presidir CPMI dos Atos Golpistas
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados Imagem: Deputado Arthur Maia é principal nome para presidir CPMI dos Atos Golpistas

Do UOL, em São Paulo

24/05/2023 14h30Atualizada em 24/05/2023 17h30

O deputado Arthur Maia (União-BA), cotado para presidência da CPI dos Atos Golpistas, afirmou hoje que não descarta convocar parlamentares.

O que aconteceu?

"Não terá nenhuma dificuldade". "Eventuais membros do Legislativo que tenham sido acusados e que o conjunto do colegiado compreender que é importante o depoimento para esclarecer, não terá nenhuma dificuldade. Quantas vezes houve CPIs em que se cortou na própria carne?", falou em entrevista à GloboNews.

Deputado disse que plenário decidirá sobre convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro ou o ex-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Gonçalves Dias. "Vão chover requerimentos querendo convocar o G. Dias, o Bolsonaro, não sei quem. Caberá ao Plenário da CPI decidir".

Já em entrevista à CNN, Maia voltou a dizer que prefere não se manifestar sobre uma possível convocação de Bolsonaro à CPI. "Eu não quero me manifestar sobre a convocação de A, B e C. Claro que existem figuras centrais que serão convocadas. Não existiu até hoje nenhuma CPMI que convocou um ex-presidente, mas não há nenhuma regra que impeça que um ex-presidente seja convocado", disse.

CPI deve ser instalada amanhã, mas ainda não há definição oficial sobre a presidência e a relatoria.

Maia afirmou que a articulação de partes do governo do presidente Lula (PT) para ceder a presidência a um senador é "muito ruim". "Ao meu ver, criam um problema absolutamente desnecessário. Não considero essa hipótese [de não presidir]. Há um acordo, independente dessa ideia de algumas pessoas ligadas ao governo."

Comissão vai apurar atos em Brasília em 8 de janeiro. Inicialmente, o governo era contrário à CPMI, mas mudou o discurso e passou a dar o aval à abertura de uma investigação.

Quais senadores vão participar?

Pelo governo, foram escalados como titulares no Senado: Eliziane Gama (PSD-MA), Omar Aziz (PSD-AM), Otto Alencar (PSD-BA), Fabiano Contarato (PT-ES), Rogério Carvalho (PT-SE) e Ana Paula Lobato (PSB-MA). Os suplentes são Angelo Coronel (PSD/BA), Irajá (PSD/TO), Zenaide Maia (PSD/RN), Augusta Brito (PT/CE) e Randolfe Rodrigues (que se desfiliou da Rede).

O Bloco Parlamentar Vanguarda, formado por NOVO e PL, partido de Jair Bolsonaro, terá como titulares os senadores Eduardo Girão (Novo/CE) e Magno Malta (PL/ES). Flávio Bolsonaro (PL/RJ) e Jorge Seif (PL/SC) ficam como suplentes.

O Bloco Parlamentar Aliança (PP e REPUBLICANOS) terá como titulares os senadores Esperidião Amin (PP/SC) e Damares Alves (Republicanos/DF). Os suplentes são Luis Carlos Heinze (PP/RS) e Cleitinho (Republicanos/MG).

Quem são os deputados?

Arthur Oliveira Maia (União-BA), com Felipe Francischini (União-PR) como suplente.

Duarte (PSB-MA), com Gervásio Maia (PSB-PB) como suplente.

Carlos Sampaio (PSDB-SP), com Any Ortiz (Cidadania-RS) como suplente.

Duda Salabert (PDT-MG), com Josenildo (PDT-AP) como suplente.

Rodrigo Gambale (Podemos-SP), com Mauricio Marcon (Podemos-RS) como suplente.

Paulo Magalhães (PSD-BA), com Laura Carneiro (PSD-RJ) como suplente.

Aluisio Mendes (Republicanos-MA), com Roberto Duarte (Republicanos-AC) como suplente.

André Fernandes (PL-CE), com Pastor Marco Feliciano (PL-SP) como suplente.

Delegado Ramagem (PL-RJ), com Nikolas Ferreira (PL-MG) como suplente.

Filipe Barros (PL-PR), com Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como suplente.

Rubens Pereira Júnior (PT-MA), com Aliel Machado (PV-PR) como suplente.

Rogério Correia (PT-MG), sem suplente indicado.

Jandira Feghali (PCdoB-RJ), com Delegada Adriana Accorsi (PT-GO) como suplente.

Erika Hilton (PSOL-SP), com Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) como suplente.

PSC não indicou titular nem suplente.