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Mauro Cid pede dispensa de comparecer para depoimento na CPI do 8/1

O então presidente Jair Bolsonaro (PL) e o tenente-coronel Mauro Cid, em 2021 - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
O então presidente Jair Bolsonaro (PL) e o tenente-coronel Mauro Cid, em 2021 Imagem: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

16/06/2023 13h35Atualizada em 16/06/2023 14h06

A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pediu dispensa da obrigatoriedade de comparecimento dele para prestar depoimento à CPMI do 8 de janeiro.

O que aconteceu?

Os advogados querem que Cid não seja submetido ao compromisso de dizer a verdade. Na manifestação, a defesa pede que ele possa ficar em silêncio e tenha direito a assistência jurídica durante a oitiva.

Para a defesa, o ex-ajudante de ordens também deve ter o direito de não sofrer constrangimentos físicos, morais e psicológicos.

Se Cid decidir não comparecer para depor, os advogados pedem ainda que ele não seja conduzido coercitivamente para ir à comissão.

Todas essas solicitações foram feitas pelos advogados de Cid em pedido encaminhado ao STF.

O UOL procurou a defesa de Cid, que disse que, em respeito ao STF, todas as manifestações defensivas serão feitas nos autos do processo.

CPI aprovou convocação de Cid, Torres e Braga Netto

Os três tiveram pedidos de convocação aprovados na terça-feira (13). Anderson Torres foi ministro de Bolsonaro e, na ocasião das invasões de 8 de janeiro, ele era secretário de Segurança Pública do DF. Braga Netto, por sua vez, comandou a Defesa na gestão Bolsonaro e foi vice do ex-presidente nas eleições.

Revista revelou guia de golpe no celular de Cid

Mensagens encontradas pela Polícia Federal no celular do tenente-coronel Mauro Cid demonstram que um golpe de Estado foi encorajado e que houve a elaboração de um roteiro para a ação. As informações são da revista Veja.

No material obtido, Cid foi cobrado por membros das Forças Armadas para convencer Bolsonaro a seguir com um golpe de Estado, após a vitória de Lula nas eleições do ano passado. Cid está preso desde o mês passado e se negou a falar quando depôs à PF.

A maioria das mensagens reveladas foi escrita pelo coronel Jean Lawand Junior, subchefe do Estado-Maior do Exército, ao longo de dezembro do ano passado.

Algumas vieram de um grupo de militares da ativa em aplicativo de mensagens e outras foram trocadas entre Gabriela Cid, esposa do tenente-coronel, e Adriana Villas Bôas, filha do general Eduardo Villas Bôas.