Mauro Cid pede dispensa de comparecer para depoimento na CPI do 8/1
A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pediu dispensa da obrigatoriedade de comparecimento dele para prestar depoimento à CPMI do 8 de janeiro.
O que aconteceu?
Os advogados querem que Cid não seja submetido ao compromisso de dizer a verdade. Na manifestação, a defesa pede que ele possa ficar em silêncio e tenha direito a assistência jurídica durante a oitiva.
Para a defesa, o ex-ajudante de ordens também deve ter o direito de não sofrer constrangimentos físicos, morais e psicológicos.
Se Cid decidir não comparecer para depor, os advogados pedem ainda que ele não seja conduzido coercitivamente para ir à comissão.
Todas essas solicitações foram feitas pelos advogados de Cid em pedido encaminhado ao STF.
O UOL procurou a defesa de Cid, que disse que, em respeito ao STF, todas as manifestações defensivas serão feitas nos autos do processo.
CPI aprovou convocação de Cid, Torres e Braga Netto
Os três tiveram pedidos de convocação aprovados na terça-feira (13). Anderson Torres foi ministro de Bolsonaro e, na ocasião das invasões de 8 de janeiro, ele era secretário de Segurança Pública do DF. Braga Netto, por sua vez, comandou a Defesa na gestão Bolsonaro e foi vice do ex-presidente nas eleições.
Revista revelou guia de golpe no celular de Cid
Mensagens encontradas pela Polícia Federal no celular do tenente-coronel Mauro Cid demonstram que um golpe de Estado foi encorajado e que houve a elaboração de um roteiro para a ação. As informações são da revista Veja.
No material obtido, Cid foi cobrado por membros das Forças Armadas para convencer Bolsonaro a seguir com um golpe de Estado, após a vitória de Lula nas eleições do ano passado. Cid está preso desde o mês passado e se negou a falar quando depôs à PF.
A maioria das mensagens reveladas foi escrita pelo coronel Jean Lawand Junior, subchefe do Estado-Maior do Exército, ao longo de dezembro do ano passado.
Algumas vieram de um grupo de militares da ativa em aplicativo de mensagens e outras foram trocadas entre Gabriela Cid, esposa do tenente-coronel, e Adriana Villas Bôas, filha do general Eduardo Villas Bôas.
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